sexta-feira, junho 29, 2012

Box

A ideia desse blog sempre foi falar um pouco sobre a minha arte, consequentemente sobre mim, e aí já vão alguns anos... Tanta coisa se transformou em mim, na minha vida e na minha arte. Progredimos. É a minha constatação. No meu peito sempre terei a saudades, ter me deparado com a Família Young foi um dos maiores presentes da minha vida.  Algumas coisas que me causaram choro e sofrimento num primeiro momento, também foram grandes presentes. Hoje me conheço tanto, e quero sempre me conhecer mais. Tenho tanto que agradecer, eu só agradeço, mesmo as coisas ruins, me fizeram ser gigante, um monstro de força diante de tanta solidão e medo. Agradeço.
Estou muito feliz, eu nunca deixei de acreditar, nunca, eu acredito em mim, acredito no meu trabalho: eu posso ser Au Pair, Professora de Artes, Artista, eu posso ser o que eu quiser porque eu amo. Não sou de Pedra, o amor me move, é esse o meu grande segredo.

Volto pra Europa e não vai demorar, mas minha casa oficial é aqui. rs
E o maior presente foi ter participado do Projeto Oficial de Arte de Rua em Dublin City. 
Foi muito especial para mim.<3


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quarta-feira, junho 06, 2012

Sobre as palavras.




Não existe idioma que decifre uma palavra, ela pode ser cheia e vazia de significados. O que valoriza as palavras são as atitudes, sem elas, as palavras são ocas. Essa constatação me fez ir mais longe: o silêncio e as atitudes significam mais do que palavras e se as palavras podem ser vazias, porque falamos tanto? 

Escrever é diferente, é registrar a palavra. Colocá-la em outro patamar, um degrau acima. 
Não que o registro signifique muita coisa, na literatura permite sonhos, fantasias, conhecimento...Notícias. 
O poder da palavra é tão grande e ao mesmo tempo tão pequeno, varia de pessoa para pessoa. 
A palavra é uma pessoa. 
São tantos tipos de pessoas e tantos tipos de palavras. Tem as fracas, as que não dizem nada, as fortes, corajosas, intensas, as delgadas, superficiais, as chatas, as belas e iluminadas. Tantos, tantos tipos. 

Atribuímos muitos significados e passamos a viver a espera disso, como se viver dependesse da aprovação das palavras/pessoas. Só que somos seres únicos, vários mundos. O significado varia de pessoa para pessoa, então o desejo pode significar para mim A, e B para você; o que é louco, porque são expectativas sempre diferentes, ninguém é igual a ninguém, esse é o grande barato.

Daí eu pego a palavra Amor e vejo tudo que está ligado aos seus significados e penso o Amor é algo para mim e para você pode ser outra coisa, pego Saudade e é a mesma coisa, significados diferentes. Aí penso na atitude, e a palavra atitude??? é vazia se não tiver cheia de ATITUDE... 

Faz um tempo que deixei de acreditar em palavras alheias. Acredito nas minhas, são as únicas palavras que posso controlar, que posso encher de atitude. Procuro deixá-las cheias, intensas de significados, ás vezes nem preciso delas, eu sou elas. 

Eu, a grande palavra ambulante. A que silencia, que erra e acerta, que acredita e se joga. 
A palavra que procura Viver hoje primeiro e depois o amanhã.