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segunda-feira, abril 06, 2015

Um livro de crônicas mal escritas

"Um dia quando eu era pequena quis escrever um livro, sempre fui eu, só que menor e com muitos, muitos defeitos, tenho me aberto para rever algumas coisas que gostaria de modificar em mim, de melhorar, mesmo assim, na essência, sempre fui eu. Lembro de um caderno amarelo de brochura, capa dura, ali eu desenhava, fazia algumas histórias em quadrinhos, arrancava as folhas que achava feias e imaginava que seria escritora, daquelas que escrevem livros e desenham também. Desistia, via que era péssima, não era caprichosa, as folhas eram todas marcadas, a borracha não apagava direito e eu sofria com minha falta de jeito. A minha vida parece um lençol feito de retalhos, tudo com uma ligação, com um fim, com pequenos encaixes e harmonia, como acreditar que isso seria possível fora dos livros? impossível. Um livro de crônicas mal escritas. Pensar em Paris e de repente um dia estar em Paris, não querer ser Professora e no outro dia sendo Professora da matéria que você mais amava na escola. Querendo ser luz e ser alimentada de trevas e no outro dia iluminando os seus sonhos e vivendo da luta de realizá-los."


"Uma menina de cabelo cinza e pássaros que a levam pra longe.
A realidade muitas vezes é dura demais para quem tem o coração tão azul."

segunda-feira, fevereiro 16, 2015

Leve como o peso da Bailarina

Eu não tenho paciência para dramas, eu não tenho paciência para novelas. Eu quero a simplicidade de tudo. Da vida, do amor, do meus traços, das cores, de mim.
Prefiro ser sozinha do que estar entrelaçada em linhas que não são minhas.
Me equilibro, me busco e me acho na minha solidão.
Eu sinto muito e por sentir assim, eu sofro, sou capaz de me punir por não ser o que esperam de mim. A minha salvação é o afastamento, não sou o que esperam, mudar tanto assim me fere e não posso com isso, então vou embora, essa é a minha defesa, estar só.
Ninguém sabe de mim.
A vida é assim, quando você percebe isso, tudo pode parecer pesado mas é leve...
Leve como o peso da bailarina.





sexta-feira, janeiro 23, 2015

Sorriu - fim.

Todos os dias eram iguais: ela ia buscar sonhos em páginas alheias, incapaz de encontrá-los em sua vida/página.
Entrava nas páginas das amigas, olhava, sonhava, ia para outra página e outra e outra... pulava de página em página. Queria saber quem eram aquelas pessoas, o que elas queriam, para onde iam?

Um dia bateu o olho nele. Que foto linda! Que sorriso! Quem é ele? Será que existe? Com quem ele anda? Onde ele vai? Viu cada mensagem, cada foto, viu a namorada dele, achou ela feia.

Saiu da página.
Desligou o computador e foi pra casa.

O namorado dela já esperava
no metrô, ela entrou no carro, olhou pra ele e pensou: - Estou com a pessoa certa.

Sorriu.

Fim.
Desenho da modelo Veronica Assis.