sábado, dezembro 31, 2011

Bye Bye 2011

Pensei muito antes de escrever esse post de despedida  do ano. Por ser duro para mim escrever, pensar e lembrar em como tudo foi ruim. Mas resolvi escrever, pois apesar de tudo de ruim, 2011 foi perfeito para mim.
Foi um ano de mudanças, muitas mudanças e descobertas. Eu sempre sonhei em saber inglês, em conhecer lugares, principalmente a Europa. Hoje estou aqui, se não fossem as coisas ruins, não sei quando poderia vir para cá. O tempo não pára. Minha relação com o tempo é louca, mas não sou eterna, também tenho prazo de validade... rs Não dá muito para entregar para a vida "pós-moderna" o poder supremo sobre tudo que acontece comigo. Eu sou a responsável por grande parte das coisas. Eu prefiro o pensamento Iluminista. 

Eu amei muito, amei com tanta verdade que me perdi na minha própria verdade. Construi o meu próprio castelo de ilusões e ele desmoronou. O que me restava? me levantar. Nada mais, nada menos, just.

Mudar de país não é fácil, não é só maravilhas. São descobertas. Aqui ainda fui roubada, por uma brasileira, metade do meu dinheiro. Tive que correr atrás de emprego ás pressas, pois meu dinheiro era suficiente para 6 meses... completo esse tempo em março... 

Aqui tive que lutar e conviver com sentimentos que trouxe do Brasil, me confundi toda, quis muitas vezes voltar... mas pensava: voltar para que vida? que eu faria voltando sem ter o inglês que sonhei? Seria frustante. Tive que me fortalecer, e não digo aquela força que é só força, chorei, chorei... quase enlouqueci. Bebi, escrevi um monte de besteiras, fui cruel com quem não merecia a minha crueldade, fui benevolente com as pessoas erradas. Surtei. rs 

Fim do ano as coisas começaram a se resolver em mim, mas de novo, precisei cair. Coisa mais certa que há, os tombos me fazem ser uma pessoa melhor. Meu mapa astral disse isso... rs eu não acreditei, mas é incrivel como preciso cair, para encontrar forças e me levantar. 

Aqui é muito diferente do Brasil, eu amo o Brasil, eu quero voltar, mas não sei que tipo de volta será essa, se será para sempre ou não... quando se passa tudo isso que tenho passado, muitas coisas se tornam pequenas coisas. A sua casa se torna pequena para você. Morro e choro de saudades do meu gato Nenen, sei que ele sente tb a minha falta. Sinto saudades da Bianquinha, que tb não entende as coisas tão bem. Sinto saudades dos meus cachorros e da minha vida no Brasil. De pintar dia e noite, do meu carro, das risadas, de falar só português, das emoções que tive, sinto saudades de tudo, absolutamente tudo. Mas sei que se um dia eu voltar, tudo já foi mexido. Isso tudo não volta. Eu sou outra pessoa a cada segundo, como diz o meu sábio Pai. 

Que 2012 seja fantástico, cheio de novidades, mais novidades ainda!
Que eu encontre quem eu tiver que encontrar, que eu pinte mais, desenhe mais, seja reconhecida pelo meu trabalho, pelo meu estilo, pelo meu caráter. Que as pessoas parem de julgar tanto umas as outras e que consigam sentir mais! Amar mais!

Valeu 2011, você me trouxe mudanças. Mudanças que me fizeram mulher, já era tempo né?! risos

Beijos para quem passa por aqui,
Valeu!

quinta-feira, dezembro 22, 2011

Darkness

Estou cansada, trabalhei 7 dias e foi punk, uma experiência incrivel. Cansada porque fazia 7 km com uma bota que zuou o meu pé. Mas foi gratificante, terminei meu trabalho na casa deles com uma mensagem linda da mãe das crianças.
Agora é procurar outro, porque se eu ficasse nesse teria que parar a escola.


sexta-feira, dezembro 09, 2011

Dá um nó. A knot.

As coisas por aqui andam nebulosas, mas a boa notícia é que acho que passei de nível no inglês. Isso me deixa mais feliz. Estou procurando um Job, sei que aqui eu não sou ninguém. No Brasil era professora, aspirante a artista, aqui sou aspirante a artista e só. Porque com o inglês tosco que eu tenho, não sou nada. Não reclamo não, as coisas são como devem ser. Se estou aqui para vivenciar e aprender, vou com tudo. Tô caçando de Au pair, livin, acho que logo eu consigo, aí sim as coisas ficarão bem. Clonaram meu cartão do banco daqui. De repente, me vi com 2 euros na minha conta. Tive ajuda de muita gente, do meu cartão de crédito principalmente, que a fatura de dezembro veio uma bica, da Nuala, da Denise, da Adriana, do meu pai, gente do Brasil, enfim. Ainda não resolveram esse problema no banco, nem sei se verei a cor desse dinheiro de novo, mas é para eu ficar esperta, bem esperta. Não confio mais em colocar o dinheiro no Banco daqui. 
A vontade de pintar voltou. Ontem fui na casa da Noelia e fiquei pintando com a Sarita, filhinha dela, foi tão bom, fiz um dos meu melhores desenhos, ficou lá, vou pedir para ela fotografar para mim. 
Me decepcionei com algumas pessoas aqui, sei que também causei decepção e acho que a vida é assim mesmo. Não tem o que fazer. 
Sinto saudades do meu gato, saudades de doer. Saudades do meu pai, da minha mãe, dos meus irmãos que voltei a conversar com eles depois de tantos anos. Sinto saudades da minha vida no Brasil. Mas gosto muito daqui, muito mesmo. Amei Londres. Nunca me identifiquei tanto com um lugar como foi com Londres e agora meu grande sonho é morar em Londres. Vou começar a pintar grandes telas aqui. Não vivo mais sem pintar.Todas as minhas dúvidas, tudo que eu não sabia, agora eu sei. Nasci para pintar. 

Ando um pouco triste, mas deve ser o tempo, aqui anoitece cedo e o frio é muito grande.
Essa é uma série que estou fazendo aqui. Toda em vermelho e branco. 
Sem planejamento, o louco é pegar o pincel e fazer. 
Dá uma sensação boa de liberdade.

Um beijo para os meus pais. Muitas Saudades, vou tentar ser mais rápida entre uma postagem e outra.
Logo vou tentar escrever umas partes em inglês também.



sábado, novembro 26, 2011

Como um sopro.

Aprendi a ser eu mesma e não tenho vergonha disso. Não sinto vergonha de parecer individualista e egoísta, não sou hipócrita. Nunca espere de mim, porque sou um mistério para mim mesma. Não pretendo agradar, se sou sua amiga, sou de verdade, acredito nisso, mas quando deixo de acreditar, só em outra vida para conquistar minha confiança novamente. Eu sou assim, meu sangue nordestino pulsa forte em minhas veias, sou brava, tenho opiniões marcantes e realmente o que você pensa a meu respeito não me importa muito, principalmente se sei que não dei nenhuma pisada na bola. Nesses dias tenho pensado bastante, aconteceram muitas coisas chatas, coisas práticas e subjetivas. Muitas. Pensei sobre mim, sobre as outras pessoas e cheguei a uma conclusão, claro que essa conclusão nunca terá fim... rs mas no momento penso que as pessoas falam demais. Muita coisa seria suprimida se houvesse um pouco mais de reflexão antes do falar, antes da atitude. Porque uma vez que se falou ou se agiu, já era. Nas últimas duas semanas sei bem o que fiz e sumi, silenciei. Não tenho o direito de atrapalhar a vida de ninguém. O tempo não volta, o coração não cicatriza, as coisas nunca voltam a ser o que eram antes. Nunca. Pode-se ser guerreiro e tentar ou simplesmente deixar passar. Escolho quase sempre deixar passar, sem insistir. Se as coisas não são "redondas" é porque muitas vezes não eram para ser. Uma pena, mas o que resta é lembrar os bons momentos e seguir. EU não sou perfeita e nem quero ser, só não acho justo o julgamento alheio e as coisas chegarem aos meus ouvidos pelas minhas costas. Falta coragem nas pessoas. Acho triste essa covardia que toma conta das pessoas. Sou em alguns momentos, mas luto tanto, tanto que não acho justo alguém me dizer depois de 1 mês, 2 meses que finalmente está vendo quem eu realmente sou. Eu não sei quem eu sou direito, eu mudo a cada segundo e eu gosto desse movimento que a vida tem. Eu não sou metódica, eu tenho insônia, adoro pintar de madrugada e escrever. Gosto de me sentir sozinha em alguns momentos, gosto de conhecer gente em outros gosto de ficar quieta, sem precisar falar. Eu não tenho explicação, não me rotule. Eu mudo sempre, mas não tenho duas caras, se não falo é porque prefiro me calar do que magoar as pessoas. Não me sinto a vontade com todo mundo e não sou amiga de todo mundo. Sinto as pessoas, erro as vezes, mas sinto forte o que elas podem estar sentindo ao meu respeito. Sou assim. Me respeito o tempo todo, porque depois de muitos anos sei que eu importo mais que qualquer outra pessoa. É isso por hoje. 

domingo, novembro 06, 2011

Livro do "futuro"

Os últimos dias foram provas de autoconhecimento para mim. Fiquei muito feliz por perceber que o que conquistei nos últimos meses é meu mesmo, que não foi da boca para fora, que essa pessoa que me tornei é real e existe mesmo, até em outro país. Não vou deixar que me apaguem, não vou me deixar apagar. É como eu escrevi: meu maior perigo sou eu mesma.

Antes de abril desse ano eu era sempre vítima. Vítima da vida, das pessoas, de tudo. Vinha trabalhando isso na terapia, mas me debatia com questões como: devo ser legal com as pessoas sempre, porque só sou feliz se as pessoas estão felizes... a acomodação não é acomodação porque é assim que quero as coisas... Eu era vítima... era coitada, culpava a vida, o mundo, as pessoas, tudo... queria mudar, mas não tinha a chama que tenho hoje. Achava que fosse feliz, pensava: todo mundo quer alguém, eu tenho o melhor cara do mundo, que me ama desse jeito que sou... rs

A verdade é que o baque que tomei foi a melhor coisa que me aconteceu na vida!!! Eu não gostava de ser vítima. Eu tinha um monte de problemas comigo e da forma como via as pessoas. Hoje, é como se eu tivesse uma chama dentro de mim, acredito tanto em mim, na minha capacidade, estou tão bem comigo mesma que as vezes parece mentira. Quando cheguei aqui, me perdi. Energia é lance sutil mas tão importante que não dá para colocar em palavras, é sentir.

Pensei um monte de coisas: em recaídas a respeito de mim mesma, a respeito de outras pessoas, sobre novas pessoas...rs enfim, tive um nó dentro da minha cabeça e do meu coração. Quem me conhece sabe que não foram dias fáceis... muita confusão para quem achava que tudo estava bem certinho.

Aí eis que no dia 29 de outubro as coisas começaram a se acertar... Percebi que eu estava me apagando, me anulando, e eu não estava sabendo lidar com as mudanças, com a pressão, com o que esperam de mim aqui e trazer sentimentos do Brasil foi como dar ou inventar motivo para a tristeza que eu estava sentindo por me sentir tão pressionada.

Tive vários conflitos essa semana, as pessoas são diferentes, ninguém é igual a ninguém.... e as diferenças trazem conflitos. Eu sou bem adaptável, mas preciso ser só em muitas momentos. Gosto de pensar por mim, de tomar as minhas decisões. A solidão me constrói. Acho engraçado quem reclama de ficar só...tudo tem dois lados. Gosto de ficar com as pessoas, adoro conversar, conhecer outras pessoas, rir, me divertir, enfim... adoro. Mas não consigo viver pressionada por outras pessoas, eu demorei para me encontrar e quero que isso seja real, e está sendo real. Por mais que eu ame outras pessoas, me amo mais. É isso que me guia em tudo.

O que anda me irritando é o mi mi mi... todo mundo reclamando de tudo aqui, das coisas... eu se vou reclamar, prefiro ficar quieta para não afetar as outras pessoas, porque acho que ninguém tem nada a ver com as coisas que se passam comigo. Eu sei lá se estou certa, mas é como vou lidando com as coisas...

Enfim, as coisas estão melhores... Estou morrendo de saudades da minha família e dos meus amigos.
Nessa semana conheci gente de muitos lugares do mundo: Itália, EUA, Irlanda, Korea...etc... Sociabilizei e foi a melhor coisa que me aconteceu, meu inglês é terrível, mas colocando em prática fica mais fácil acreditar que um dia conseguirei  falar e entender esse povo.

Logo posto desenhos novos, ando com mais vontade de escrever do que desenhar. Tenho escrito muito no livro que faço para o meu "futuro".

quarta-feira, outubro 26, 2011

As pontas


Teve um tempo em que eu parei de pensar e comecei a encanar com as coisas, ai veio um vento, me jogou pra cima e estava "salva". Meu maior perigo se chama Gicelle.

Cortei meu cabelo hoje.

"Ela tinha o mundo, o mundo era ele, seu sorriso, sua voz, seu olhar... Ela tinha o mundo. 
Um dia, meio sem querer, ela quis mais, assim... nem pensou e já quis. 
O fato de querer mudou tudo, achava que tinha tudo e mesmo assim queria mais. Entre o pensar e o falar existe uma grande distância. Uma vez que se diz, o mundo acolhe as palavras e elas passam a fazer parte da história. Ela disse que queria mais. Aquilo não era o bastante. Ela merecia mais. Queria mais. 
Ele tinha se transformado, incapaz de dar, já não queria mais dar nem o que já dava.
O amor era demais para ele. Se esqueceu de tudo que viveu, queria outros braços, abraços, outras. Ela não era o que ele procurava, era mais, intensa demais para viver de ilusões.
Ela resolveu partir. Pegou tudo, não olhou para trás nenhuma vez. Aceitou que era isso, era tudo e ele queria menos, pois não conseguia conviver com o muito. Refletiu e chegou a conclusão que ser ela, assusta. Conviver com ela, assusta e que o mundo não é feito de corajosos.
Naquela mesma noite decidiu ser toda ela, como ela nunca havia sido, o tempo todo ela desconfiava de que era mais do que mostrava e até mais do que sentia, mas precisou daquele olhar de pena e de socorro, para salvá-la dela mesma. Só ela podia ser capaz daquela decisão. Só ela. Continuou viva. Mudada. Tem gente que não acredita em mudanças, ela acredita. Algo dentro dela, no mecanismo de seu corpo e de sua alma mudou. Algo que ela não entende muito bem e que nem sabe direito. Ela sente a mudança em todos os momentos do dia, ela sentiu quando pôde olhar para o outro homem e não ver a imagem dele. Foi quando ela sentiu com força que algo tinha para sempre se transformado dentro dela. 
Hoje ela sorri. Sorri com lembranças de um tempo que passou, mas que houve, faz parte da história e com o tempo vai ficando pequenininho... até virar uma sensível penugem no vão de suas memórias." 

segunda-feira, outubro 24, 2011

Ela dava flores no Inverno...

Continuando com minhas reflexões em Dublin... Hoje pensei sobre estar aqui. Ainda não caiu a ficha direito, as vezes penso em que furacão eu entrei para vir parar aqui. Há seis meses minha vida é toda "estruturada" um namoro "sério" de 9 anos, um emprego formal que me deixava louca e o "sonho" de ter minha casa, meu marido e meu filho. rs
Eu não dava a mínima para mim. Eu era o que menos importava na minha vida. Queria o tempo todo fazer todo mundo feliz, era só isso que importava para mim. Achava que esses sonhos realizados faria de mim a mulher mais feliz do mundo e eu me encaminhava para eles. Se alguém me dissesse em abril, que em outubro eu estaria morando em Dublin, que meu namoro teria fim e que eu pediria demissão... jamais eu acreditaria, diria: - É loucura!!!
Tudo que me aconteceu foi surreal demais. A minha recuperação depois do tombo, as pessoas e as coisas que conheci. O melhor foi perceber que o meu coração tá bem e não foi revestido por uma camada de pedra, isso me faz muito, muito feliz.
Aqui na Irlanda o tempo passa rápido, a vida é mais tranquila, mais confortável. Sinto falta de muitas coisas, pessoas, sinto falta dos meus bichinhos. Ás vezes fico louca para voltar, outras vezes penso que não vou conseguir simplesmente voltar e fazer de conta que tudo isso passou. Minha memória é animal, não esqueço as coisas por que passo fácil. Não esqueço as pessoas, não esqueço os momentos. Uma vez que aconteceu, é para sempre. Isso é bom, mas tb é ruim, é muita informação e muito amor, é muita memória... Lacuna Inc, please help me!
Uma coisa que pensei nos últimos dias é como o idioma aproxima e afasta a gente, no meu caso sou uma sortuda, pq sempre gostei de aprender, sou uma curiosa e a cultura, os meus conhecimentos gerais me aproxima de algumas pessoas aqui. Ás vezes falo levemente sobre cinema, música, pintura com os meus professores, ai fico bem feliz. Sinto muita falta de conversar sobre isso... rs quando eu era professora, falava com meus alunos, quando estava em casa com minha cunhada e com o meu pai, minha cunhada na verdade era com quem eu mais conversava sobre isso, pq ela é muito parecida comigo, gosta disso de aprender, descobrir, saber, é uma curiosa também.
Ontem estava pensando que uma das melhores coisas de não ser mais professora, é não precisar ser exemplo para ninguém, sempre levei à sério algumas coisas, e dar aula eu levava muito a sério, o fato de ser professora de artes me permitia algumas coisas, mas eu sempre tinha aquela preocupação: Pô sou professora! Posso isso, não posso aquilo, bla bla bla... etc.
Agora o fato de não ser professora me faz livre para eu ser, a sensação de não ligar para o que os outros pensam, falam, é libertadora. Eu não acreditava que isso fosse possível, sempre fui "presa" em mim mesma. Meus pais sempre foram bacanas, eu sempre fui responsável demais, sempre fui encanada com um monte de coisas... tímida demais. Hoje vejo que muitas vezes eu não vivia... eu era como esperavam que eu fosse. E sou muito mais que isso. Gosto de como sou de verdade, não preciso me esconder, não preciso esconder o que sinto, não preciso jogar com as pessoas, não preciso de nada disso, só preciso ser eu.

Desenhos novos... rs autorretratos.
É óbvio que nessa fase que estou passando, eu queira me encontrar em meus desenhos também.




 Agora preciso dar um gás no inglês.... rs Bom, enfim... vou indo que o dia hj já deu.

terça-feira, outubro 18, 2011

Into the wild

Nesses dias tenho pensado sobre o filme Into the wild. Me identifiquei desde que o vi pela primeira vez, esse desejo de ser livre e ser só, de não se sentir parte de coisa alguma e de procurar algum tipo de solidão como forma de liberdade. Não sei explicar muito bem, sou muitos sentimentos, pensar, escrever, desenhar e pintar me ajuda a colocar um pouco as coisas nos lugares. Confesso, ás vezes essa minha intensidade toda me corrompe, em alguns momento sinto aquela vontade covarde de me perder em pensamentos alienados e assim me perder do que sinto e me perder de mim, mas logo consigo enxergar que esse caminho muitas vezes é mais doloroso, pois faz tudo ser ilusão. Eu procuro a cada dia mais a verdade em mim e nas coisas que faço, eu não falo da verdade hipócrita, que acalma, mas que é uma farsa. Falo da verdade cheia de vontade, da verdade guerreira, aquela que me impulsiona adiante sempre.

Aqui eu me sinto em constante aprendizado, tenho que lidar com sentimentos que trouxe do Brasil, novos sentimentos que eu nem sabia que havia em mim, que talvez o melhor fosse não sentir e confesso, as vezes sinto raiva de sentir.
As coisas de maio para cá foram acontecendo de maneira frenética, eu precisei me destruir para encontrar sentido na reconstrução e agora a "construção" está sólida, a queda serviu para fortalecer a base. Tudo limpo, casa limpa. Casa limpa é perfeita para que? para que? rs entrar alguém com os pés cheios de barro... kkkkkkkkkkkkkk

Coisas não resolvidas em mim me irritam profundamente, gosto de colocar os pratos limpos comigo mesma. Tentar me entender é o primeiro passo para entender e talvez compreender o próximo. É assim que trabalho com as coisas que sinto. 
Ai penso, que se não vivo, não sei... se vivo sei e fico encanada... rs Logo lembro de Shakespeare: To be or not to be, that's question.  

E logo lembro de outro filme: Agentes do Destino, será que tem jeito de fugir de algo? Até que ponto tenho controle sobre as coisas? O que tiver que ser será? Oh céus, é tanta filosofia que parece que tem horas que vou surtar! Ai volto a pensar que se eu não fosse uma "louca" corajosa, não seria eu e se eu não fosse eu que graça teria ser eu...!? ahahhahaahhaah

Putz pior que ainda não conclui esse raciocínio...tenho mais coisas para escrever, mas vou aproveitar um pouco dessa loucura toda na minha próxima pintura, então por hoje é isso. Beijos no coração e se você entra aqui, seja feliz... rs


segunda-feira, outubro 17, 2011

Lacuna Inc.

Interessante quando você descobre algumas coisas. A partir do momento que descobri o que eu quero fazer me encontrei. Encontro sentido para tudo. Comprei um conjunto de tintas Reeves, é muitooooo melhor do que a marca inglesa. Consegui terminar a tela, tinta boa é outra coisa, dá uma alegria no coração...rs

Continuo com minha filosofia de botequim. A questão é: as vezes é bom que algo aconteça... ou será melhor que não aconteça para que não fique marcas? Estou pensando muito sobre isso... Aqui, penso que se muitas coisas não tivessem acontecido antes de eu vir para cá, minha adaptação seria mais fácil. Quem manda na cabeça e no coração? Aprendo todo dia a pensar mais racionalmente, mesmo assim as vezes as coisas ficam complicadas. rs Nada que uma boa tela ou um bom papel não resolva. 
Lembranças boas são sempre lembranças, para sempre. Se não tem ação, não há lembranças.

Bom... vou pensar mais sobre isso.
Lacuna Inc. - Fica a dica. 


sábado, outubro 15, 2011

Red hair

Estou pintando uma tela para a Nuala. O ruim são as tintas, estou tendo que fazer tudo duas vezes, porque a qualidade da tinta é horrível. Mas estou gostando do resultado mesmo assim. O quadro nasceu de uma idéia que tive durante a aula, romance. Agora que entendo um pouco mais de inglês, vejo que muitas músicas falam de amor, os filmes falam de amor, as pessoas pensam quase o tempo todo em se "descolarem" com alguém... rs Foi inevitável, rs fui atingida por esse ar de romantismo "barato", barato porque se você pegar o Romantismo como movimento artístico a coisa muda de figura, mas como não sou mais professora de artes, não vou ficar dando aula de História da Arte aqui no meu blog...rs Vai no google que é o caminho mais curto para saber mais sobre isso... rs
Meu lado rebelde que já é forte está super presente em mim... rs então vou ficar na minha, curtindo a solidão. Isso pra mim não é problema, é a solução... rs Gosto de ficar quietinha, curtindo meus livros, as músicas, desenhando, pintando e pensando... rs Sou uma pensadora, pensar não me incomoda...

Beijos e tudo de bom para vocês. rs

Está em andamento, faltam os detalhes. 

domingo, outubro 09, 2011

Sangue

1 mês passou rápido demais. Tomara que todos os outros demorem mais a passar. Porque não estou aqui para brincadeira... rs Tenho muita coisa para resolver, dentro de mim e principalmente fora.
Comprei alguns materiais e comecei a produzir, como me sinto mais feliz. Era isso que faltava, sabe quando você sente que falta alguma coisa e não sabe o que é? E fica irritada e sente que tem algo errado... e as coisas ficam estranhas? era assim que me sentia há alguns dias, pensei, pensei... vou comprar as coisas quando me mudar, mas daí pensei: Caramba vou ficar mais uma semana me sentindo assim???
Fui e comprei. Decisão acertada. Me sinto livre de novo

Minhas reflexões sobre as coisas estão mais vivas do que nunca. Me sinto livre como nunca me senti antes. É como se agora eu fosse mais EU do que jamais fui durante todos os anos da minha vida. É surreal isso tudo. Me perco as vezes nisso tudo. Não é tão fácil, nem tão divertido. Ás vezes é bem mais fácil fugir de tudo que sentimos, mas eu a cada dia me descubro mais e mais guerreira, não sou de fugir, enfrento o que tiver que enfrentar, é herança do meu sangue nordestino, lutador.



segunda-feira, outubro 03, 2011

Escrever

Sou de me entregar, gosto de aprender, de conhecer, de descobrir. Sou uma exploradora. Aqui me sinto realizada nesse sentido. O tempo todo conhecendo, aprendendo, vendo, refletindo. 
O jeito de falarem, de andarem, a maneira como se vestem, a comida, os costumes... tudo novidade. Acho que esse é o grande barato, a imersão em outro país. Não quero encontrar o Brasil em cada lugar que vou, quero conhecer a Irlanda. Estou aberta a essa experiência, acho que isso que transforma tudo em aventura. 
Eu não era assim, ou era e não sabia. Sentia medo de tudo. Quando cheguei aqui tive medo. Logo fará 1 mês e as coisas estão bem melhores, meu inglês começa a aparecer, entra na minha cabeça... converso muito com a Nuala, me aventuro em cafés, livrarias, pubs e tento me virar sozinha, não gosto de interpretes. rs Outro dia numa livraria conversei sobre os livros de Nick Hornby, sobre o Brasil... rs não me pergunte como essa conversa aconteceu, rs só sei que aconteceu. Enfim, hoje chegou um novo estudante em minha HostFamily, Nuala está toda preocupada, ele não quer comer aqui... rs bobo ele, porque a comida dela é deliciosa! Eu disse pra ela que adoro a comida daqui, ela não acreditou, porque em geral os brasileiros não gostam. Eu disse a ela: - Vou vir pra Irlanda e querer comer feijoada como se tivesse em casa? Não rola... rs 
As pessoas são estranhas, ontem Nuala disse: Quanto mais conheço os homens, mais prefiro os cachorros...
rs Eu disse pra ela: - Ou os gatos! 

Enfim, precisava escrever um pouquinho. Sinto saudades da minha mãe e das bobagens dela. Queria abraçar minha mãe. Aqui cada hora eu sinto saudades de alguém. Tem gente que eu sinto e quero conversar, e tem os que não quero conversar porque sei que é mais difícil ainda. Minha mãe e meu pai estão nesse time. Meus cachorros, meu gato também. 

Eu não gosto de me sentir vulnerável. Quando falo com eles, quando vejo eles, minha força se vai. Eu fico querendo correr para o aeroporto...rs

Eu tenho que voltar falando inglês, daqui eu vejo o quanto isso é importante para alguém como eu. A possibilidade de poder se comunicar com qualquer pessoa é fantástica. Abre muitas portas. Eu quero conhecer pessoas, lugares, falar... Hoje mesmo conversei sobre Gaudí com minha colega espanhola, ela é de Toledo, pertinho de Madri.

....

domingo, outubro 02, 2011

Nada.

Aqui dá muito tempo de pensar, penso sobre tudo, sou uma pensadora por natureza. Analítica. Penso sobre o que acontece comigo, penso sobre as outras pessoas, observo, recebo informações do mundo e penso mais. Eu gosto de pensar, mas desde cedo aprendi que são mais felizes os que não pensam. Pensar dói. Amar dói. rs Mesmo sabendo isso, não sou uma covarde, não desisto de ser eu nunca, se por algum momento desisti, foi por não ter conhecimento de quem eu era. Hoje sei lidar bem com minhas reflexões, preciso delas, alimento minha alma com elas.
Ontem pensei sobre o amor. Cai aqui na casa da Nuala, uma velhinha amorosa, que me trata como neta e estou tão apegada a ela que não queria ir embora e chega o momento de ir embora no próximo sábado. Nesse ano tive que me acostumar com as despedidas, a todo momento eu estava me despedindo de um momento ou de alguém. Não é fácil, as pessoas passam pela minha vida e muitas ficam, eu amo, quando vi já sinto aquela coisa boa, aquele calor no coração e já era. A pessoa ficou. Eu acho que não consigo mudar isso em mim.Sou assim, estou aprendendo a lidar com as perdas, é melhor. Não quero ser essas pessoas descrentes, que não se abrem, que só se protegem das outras pessoas e do amor. O amor é sempre bom, mesmo quando temos que nos separar. Acho até que ele fica pra sempre. Falo de todos os tipos de amor.
Escrevo por mim, todo mundo que passou pela minha vida e fez a diferença, significa que de alguma forma eu amei e amor é para sempre. Ficou em mim como marca, tatuagem.

Ás vezes fico irritada com isso. Com essa profundidade toda que as coisas ganham para mim. Com a forma como vejo tudo, outras vezes acho que isso dá sentido para a vida, me torna alegre, me coloca em movimento nesse mundo tão louco. Eu não sei. Eu gosto de ter essa coisa boa dentro de mim, sempre tive medo de ser amarga, de ficar dura com as batidas da "vida". Mas eu não fico, sempre me descubro sensível.


sexta-feira, setembro 30, 2011

O presente já é presente.


Cada pessoa tem seu jeito de lidar com as perdas, momentâneas ou não. Eu achei meu jeito de tentar lidar com as saudades. A idéia de que vou ficar aqui 6 meses, 1 ano, é assustadora até para mim que estou aqui, não porque é ruim, mas pelas saudades que sinto. É dolorido pensar até nesse tempo, então minha rota de proteção é não pensar, fazer de conta que sempre estive aqui, é como se eu fosse um personagem sem passado.

O passado é o que pega no coração de uma canceriana como eu.

Mas se eu não tenho memórias, não tenho passado. Sou só eu e o presente. Nada de passado. Sem pensar em futuro.
O presente já é presente e futuro imediato.
É meio louco, mas é assim que penso, meus pensamentos não são lineares, são pensamentos abertos para todas as direções acho que é isso que mais gosto em mim agora.Essa cabeça que conquistei com o tempo, cara... é fantástico!

E os meus planos para a conquista do mundo estão a todo vapor, rs aguardemmmmmm!rs ;)


Kisses.


rs

segunda-feira, setembro 26, 2011

Plus


Aqui as coisas andam ótimas, estou com planos de ir para Londres e Glasgow! Aqui é perto de todos os lugares que sempre sonhei conhecer. Parece um sonho. A parte ruim é a saudades, mas também nem dá muito tempo sentir, porque o tempo passa tão rápido e tem coisa, lugares, pessoas para conhecer, que a saudades fica lá longe.
Como minha amiga Denise já me disse: Alguém lá de cima deve gostar muito de mim. É muita luz, muita energia boa! Mais tarde depois da aula e de resolver algumas coisas eu volto. Quero escrever mais sobre ontem e as coisas que eu vi e pensei. Boa Segunda!!! :)
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Resolvi quase tudo, aqui não tem muita burocracia, as coisas são mais rápidas, até o tempo parece passar mais rápido, é tanta beleza, tanta novidade que o tempo voa. As pessoas são agradáveis e a grande maioria educadas, sorriem para você na rua... rs é bacana! Nesse fim de semana pensei bastante, sou reflexiva por natureza e gosto de ser assim, minha cabeça funciona bem dessa forma, rs tá, tudo bem, tem quem ache que não sou muito certa das idéias...;) Mas também não me importo, estou bem resolvida comigo mesma e é ótimo, nada importa muito, as coisas passam... é sensacional. Estou escrevendo um livro para o meu futuro filho, rs não não estou grávida e nem sei quando ou quem será o pai... rs mas estou escrevendo para ele me conhecer, saber um pouco da minha vida contada por mim, as coisas que penso, os desafios, momentos alegres e tristes... Tenho orgulho de ter me transformado em quem me transformei. De ter vindo pra cá, começar outra vida, falando outra língua, tudo novo.
O engraçado é que aqui ninguém sabe nada de mim, é fantástico! O nada é tudo de bom, não ter deixado ninguém para trás (família é sempre família - Amigos também), nem uma aresta, nem um rabo, ser livre, totalmente free, é perfeito! Essa sensação de estar entregue ao mundo é tudo! Outra língua, outros lugares, tudo novo. É o que eu sempre sonhei, ficava imaginando como seria um outro lugar, outras pessoas, um lugar onde eu pudesse ser eu, totalmente eu. Não que eu não fosse eu, nos últimos 4 meses, fui eu como nunca tinha sido em toda a minha vida. Mas sempre existem os esteriótipos, as pessoas te rotulando, te comparando, esperando de você e você esperando delas... Enfim, aqui ninguém me conhece desde que nasci. rs Ninguém estudou comigo, aqui conhecem a Gicelle aperfeiçoada, a Gi lapidada e sempre em processo de aperfeiçoamento. rs

De manhã coloquei no "feicebook":

Para não esquecer e aprofundar mais sobre isso: As pessoas estão cada vez mais perdidas em si mesmas. De fora para dentro.
O X da questão é transformar isso, mudar a ordem: De dentro para fora.
Daí vem a luz. ;) Aperfeiçoamento cotidiano.
Depois que se conquista isso... O céu é o limite. rs


Eu fiz uma revolução em mim mesma. Procurei, procurei, fui nos lugares mais profundos para encontrar a minha essência, quem eu sou de verdade, e quem eu sou independe de qualquer coisa e de qualquer pessoa. É mais ou menos assim, mesmo triste em alguns momentos, estou feliz, porque eu me tenho inteira e completa. Eu me basto e isso é a coisa mais perfeita. Não preciso de nada que venha de fora, de sentimentos, de agrados, falsas promessas, não preciso de mais nada, o que vier vai acumular.

EU não me subtraio nunca mais.


Reflexões são sempre reflexões... rs
See you later. ;)

terça-feira, setembro 20, 2011

Última semana.

Ainda não estreei o skechbook que ganhei da querida Emily Otero. Quer dizer, tem umas lições, rs porque esqueci o caderno no Brasil... rs aliás, esqueci um monte de coisas... rs  Estou muito melhor, me acostumando com a cidade, perto de SP, Dublin é tão pequena, sinto falta da agitação, rs mas andar a pé para todo lugar é muito bom! Estou numa casa no centro, há 15 minutos a pé da escola. Minha Hostfamily é ótima, no começo foi difícil a comunicação, agora ainda é... mas sou casca dura, falo tudo errado mesmo, faço mímica e tive a genial idéia de comprar um bloquinho de anotações pequeno, então o que eu não sei: escrevo ou desenho. rs Good idea! great! rs
Os irlandeses são legais, são engraçados, eles repetem algumas palavras: great, great! rs Muitos falam do Rio de Janeiro e eu sou garota propaganda do Brasil...rs It's beautiful country!

19/09/2011
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Acabei de estrear, rs a cada dia que  passa me conheço mais, penso que a maturidade realmente é a melhor coisa que o tempo traz. No meu caso, o tempo tem sido generoso, gosto muito mais de mim hoje do que há 10 anos atrás, não tenho dúvidas de que em todos os sentidos sou melhor. Em todosssssssssss! rs
Essa semana está sendo decisiva, porque quando cheguei me senti meio perdida, deslocada, acho que com as despedidas, a mudança de fuso, tudo, eu me esqueci do que me trouxe aqui, e aqui me perdi em mim novamente. Isso de se perder é uma constante em mim, mas o bom é que aprendi a me achar sozinha. Eu sempre preciso do meu tempo, mas com ele eu acabo me achando. O que me trouxe aqui foi a vontade de desbravar o mundo, a vontade de aprender de verdade esse idioma e poder me comunicar com mais gente. Hoje até entendo porque minha faculdade foi comunicação... rs essa vontade de me comunicar, de ser maior do que o meu corpo, de alcançar todos os lugares, é isso que me move, que me ilumina, que me faz ser quem sou. Deixei muita coisa para trás no Brasil, mas tenho que sempre lembrar que deixei por um objetivo gigante, eu mesma!
Logo, vou ter que escrever em inglês aqui,  minha cabeça está dando um nó, eu misturo os dois idiomas, erro quando escrevo... rs o caos, mas é assim mesmo que é bom!

Logo volto, com mais desenhos. Agora não paro mais.
Beijos.



sexta-feira, setembro 16, 2011

Dublin

Agora escrevo de Dublin, Irlanda. Aqui muitas coisas são lindas, mas dá medo ser estrangeira.

Sinto muitas saudades de casa e não faz 1 semana que estou aqui. Saudades da minha família, dos meus bichinhos e dos amigos, uma saudade que poucas vezes senti.

Entendo quase tudo do que me dizem e não consigo dizer quase nada. É muito louco. Não é uma solidão muito boa, mas faz com que eu tenha vontade de aprender mais rápido e me comunicar logo.

O louco é que já fui muito tímida e hoje a sensação de querer me comunicar e não conseguir é tão castradora, é sufocante. É como me sinto. Não podendo falar português e não sabendo falar inglês, entendendo o que dizem e sem poder dizer o que quero dizer.

Me dizem que logo conseguirei. Logo terei que escrever em inglês, porque está uma confusão na minha cabeça, rs que nem português direito estou sabendo escrever. rs

Beijos


quinta-feira, setembro 08, 2011

Excesso.


Prefiro pecar pelo excesso. 


A falta é pequena e triste demais para mim. 


Eu sinto. 


E sentindo eu sou. 


E sendo, sou feliz, sou inteira. 


Me encontro nas pequenas coisas, nos pequenos gestos e nas pessoas que amo.


E assim, eu sou.





Desenho antigo. Um dos meus preferidos.
Nanquim aguado sobre canson A3.

segunda-feira, setembro 05, 2011

"Saber não ter ilusões é absolutamente necessário para se poder ter sonhos."
Fernando Pessoa em Livro do Desassossego.

sábado, setembro 03, 2011

Agregada


Eu quero escrever sobre uma pessoa muito especial para mim, a Roseli Perella.

Durante 9 anos ela foi uma mãe para mim, exemplo de mulher forte, guerreira, me inspirei muito nela em muitos momentos. Aprendi muito com ela, provei as comidas, sinto tantas saudades do macarrão com frango assado...rs É bem dolorido para mim ainda essa distância dela.  Ela me lembra um pouco minha avó Donata, nordestina, que na década de 40 já trabalhava e tentava ter sua independência, nunca dependeu do meu avô, criou o meu pai, meu tios e sempre forte, brava, guerreira, mulheres assim que eu admiro. Não sei se um dia terei a sorte de ter uma sogra assim como a Roseli, mas por 9 anos eu tive e hoje acredito que tenho uma amiga, alguém que acredita em mim e nossa, como me ajudou e ajuda. Eu só tenho a agradecer por tudo, tudo. Por ter me recebido em sua casa, por ter sempre feito eu me sentir querida, por eu ter experimentado o que é de verdade uma família unida, com todas as diferenças nos Natais, Páscoas, Aniversários, eu sempre me senti parte da família de vocês. Eu sinto ainda. Eu não sei muito bem como vou lidar com isso, mas me conhecendo acho que será assim que me sentirei sempre, independente de qualquer coisa.
Eu agradeço muito a família Perella, aprendi muito, muito mesmo e me dói saber que vou me afastar porque é a vida, as coisas são assim, as pessoas tem os seus códigos e nem todo mundo entende sentimentos verdadeiros. Não poderei estar presente como nesses anos estive, mas estarei em vocês e vocês estão para sempre em mim. Vou rezar todas as noites para aparecer na minha vida uma sogra tão gente fina, tão maravilhosa como a que eu tive o prazer de ter. E tem gente tão bitolada que diz que nem minha sogra ela  foi, afinal eu não fui casada... rs Pra essas pessoas eu digo, ela não foi mesmo uma sogra, foi amiga, foi mãe, foi tudo.

Evolui muito de 1 ano pra cá. Quem diz que as pessoas não mudam ou que não podem ser felizes sem estarem em um relacionamento, não chegaram ainda nesse nível de amadurecimento, eu agradeço aos céus todos os dias por ver as coisas com tanta clareza, por tudo ter acontecido comigo, até os momentos em que me senti a pessoa mais decepcionada do mundo. Eu escrevo porque eu gosto, porque preciso também, chega uma hora que quero escrever sobre o que eu sinto, porque nem tem todo mundo tem paciência pra me ouvir...rs E o blog, lê quem quer.

Hoje não tem desenho e nem pintura. Só letra e mais letras. :)
Ando sentimental demais ultimamente, na verdade eu sou assim, vamos lá, verbo do signo de câncer: Sentir. rs
Chega por hoje, Anônima tá aí, voltei... só porque sei que os vícios são punks...rs beijo.

quinta-feira, setembro 01, 2011

Buscando Estrelas II - O retorno.

Desde que pensei nesse blog, há anos atrás, antes mesmo de vir para o blogspot, ele sempre teve o objetivo de ser uma extensão de mim. De falar das coisas que gosto, que não gosto, refletir com palavras sobre determinados assuntos. É complicado me separar de mim mesma, hoje vejo que a vida toda eu era várias, e todas confusas, isso me prejudicava em todos os sentidos, precisei parar, precisei querer me encontrar, me encontrei, mas sempre precisarei ir me achando, as coisas estarão sempre em movimento dentro e fora de mim. Tá chegando a viagem, nem sei muito o que dizer, nesses 4 meses reencontrei amigos, fiz amigos, conheci novos lugares, tanta coisa, tanta coisa, vivi com sede e liberta de mim mesma. Eu era presa por não me conhecer, a maturidade é um prêmio, tenho muito que aprender, eu sei. Mas hoje sei exatamente o que eu quero, tenho o meu foco que é a arte e tudo que vier, será consequência disso.
Eu não sei se vou escrever de novo antes de viajar, acho que eu não quero, não está sendo nenhum um pouco fácil para mim deixar minha família, meus bichinhos que são tudo para mim, é uma prova de coragem e tanto, mas sabe quando você tem uma certeza no fundo do coração de que tem que fazer isso? É isso que sinto, eu tenho que ir, e quando voltar o que tiver que ser será. Estou vivendo momentos e sentimentos intensos demais, eu digo que nunca vividos por mim, mesmo assim, eu tenho que ir e me desapegar de tudo daqui, só assim sei que as coisas podem dar certo quando eu voltar.
Eu agradeço a todos, todos que de alguma forma estiveram comigo nesse tempo,  pessoas que de alguma forma contribuíram para esse reencontro comigo mesma (Não citarei nomes, mas os tenho em meu coração e para sempre). Enfim, sou uma sortuda e só tenho que agradecer. Seja lá o que for acontecer, já aconteceu tanta coisa boa que estou até passada... rs
Eu nunca fui tão eu, como sou agora. Agradeço a tudo, tudo que aconteceu para que eu me enxergasse.
Se me der na telha, volto antes da viagem... vamos ver como será a derradeira semana antes da viagem.

Desenho de janeiro, mas acho que casa com o momento.
Aquarela e nanquim sobre canson - tamanho A4.


quinta-feira, agosto 25, 2011

Transparência e a sociedade Pós-Moderna.

"Não dá pra para pensar muito, as coisas estão em movimento a partir do momento que parei de me negar e percebi que sou assim, intensa, cheia de sentimentos, pensamentos, emoções. Não quero nunca mais me privar de mim mesma. Até porque tudo que estou produzindo, vem justamente daí, desse meu encontro com a minha essência, dessa minha energia. Eu não sinto vergonha de nada que vivi. Nada.Tudo me fez ser eu, e só a menção de tentar segurar um pouco o que sinto, o que sou,  me trava, me poda, e nunca mais quero ter essa sensação de ter que me esconder ou ser quem eu não sou." Muitas pessoas dizem que sou autêntica, é isso.

Trabalho em produção.

Estou apaixonada pela vida, pelas pessoas, por tudo. Eu não quero nem saber o que pensam sobre isso. risos.

em produção



Finalizado




quarta-feira, agosto 24, 2011

Mapa da Mina

Lendo o meu último post, achei que não fui clara, eu não acho que foi o fim do meu relacionamento que me tornou melhor. Eu fui muito feliz durante pelo menos uns 6 anos, tive um bom namorado, um companheiro. Só acho que passou e precisei passar por tudo isso. Não acho de forma alguma que ele me fazia mal. Eu me fazia mal. Eu fui responsável por quem eu era, pelo que eu sentia, só eu. A partir do momento que vi que precisava de mais, fui atrás. Minha história não teve vilões. Eu agradeço muito por ele ter passado pela minha vida e ter me ensinado tanto. Se não fosse ele, eu não seria quem eu sou e talvez não tivesse me transformado na mulher que sou hoje.

Só tenho a agradecer, foi muito choro, muito sofrimento, para descobrir o mapa da "mina"... da mina Gi. rs

Beijos, estou com novas idéias em minha cabeça, pelo jeito amanhã volto com coisas novas.



terça-feira, agosto 23, 2011


Há quase um ano decidi que queria fazer terapia, estava cheia de problemas, não sabia muito bem como lidar com eles, uma amiga me falou que ia começar a fazer e que a Psicóloga tinha convênio com o Sindicato dos Professores, ou seja, o valor das sessões seria um pouco mais em conta. Pensei: - vou ter que investir em mim, porque tá punk. Fui.
Chegando lá, ela me deu uma folha com a lista de problemas e metas, eu teria que levar para casa e preencher, para na segunda sessão começarmos a trabalhar a lista.
Semana passada tive "alta", ela disse que não vê mais necessidade de eu ir todas as semanas, e pediu para eu resgatar a lista de problemas e metas para finalizarmos tudo. Achei a lista e olhando para ela chorei. Como uma pessoa pode mudar tanto em tão pouco tempo? Como as coisas podem se transformar tanto? A verdade é que a terapia foi essencial na minha vida, agradeço muito a Carla, que nesse 1 ano me ajudou a ver algumas coisas que eu não conseguia ver sozinha. Eu percebi que precisava revisar alguns pontos e estou ciente de que estarão sempre em manutenção.

A lista:
Meu autoconceito era péssimo, eu era insegura, sentia medo de tudo, do futuro, do presente. rs Hoje me sinto uma corajosa.
Meu ambiente familiar era ruim demais, não havia relacionamento com os meus irmãos. Hoje minha casa é o paraíso, o lugar onde tenho minha coisas, meu lugar de trabalho. Meus irmãos falam comigo agora.
Na área social, eu tinha dificuldades para fazer amizades, era tímida, nem com meus amigos conseguia falar direito. Hoje faço amizades, converso com as pessoas, dou risadas.
No lazer, eu ia no cinema, sempre cinema, todo fim de semana: cinema. Hoje eu intercalo, fiz tantas coisas novas, conheci tantos lugares.
Eu não era mais feliz dando aulas e não sabia como sair disso, não tinha tempo para produzir minhas coisas. Hoje todos os trabalhos que estavam aqui eu vendi, pinto e desenho quase o tempo todo.
Eu era insegura e pensava que minha vida se resumia ao meu relacionamento de 9 anos. Hoje eu não tenho mais namorado, rs e estou mais feliz do que quando tinha e vivia insegura na minha ilusão de relacionamento feliz.

Rever a lista foi um choque para mim, eu estava aqui o tempo todo, só que nem eu me enxergava, pouca gente me enxergava, eu precisei de um choque pra me conhecer e saber quem eu sou, do que sou capaz. Hoje acredito muito em mim, sei que tenho uma força que é enorme, tenho minha família, meus irmãos, as amizades que conquistei, que vou correr atrás do que eu acredito, sei para que eu nasci, eu não tenho mais dúvidas sobre o que me faz feliz, eu não preciso estar em um relacionamento para ser feliz e bem sucedida, estou em paz comigo mesma, não me procuro em outra pessoa. Estou inteira, muito mais inteira agora do que antes do meu namoro ou durante o namoro, eu nunca fui tão inteira, inteira e feliz. Eu nem acreditava que pudesse ser tão feliz. Atingi um nível de evolução que nem sei, é como se eu tivesse batido a cabeça... rs e acordado depois de tudo, a mesma pessoa, mas aprimorada, lapidada.

A Gi de antes não vai voltar, ela cresceu, cresceu tanto, que a Gicelle do passado não faz mais sentido nenhum. Ficou lá, no passado.

Terminei mais uma tela: "Coração na mão"

Acrilica sobre tela 40X60

Detalhe



segunda-feira, agosto 22, 2011

Precisei me virar do avesso para me encontrar, eu não me conhecia direito, ninguém me conhecia.
Chega uma hora em que ir embora é a melhor coisa para o amadurecimento, não preciso fugir, encarei e encaro tudo de frente, chorei tudo que eu tinha para chorar, joguei fora o que não servia mais e renasci. Me sinto liberta, como nunca me senti na vida. Eu era presa em mim mesma. 
Meu compromisso é nunca passar por cima das coisas em que eu acredito. Eu sou assim.





sábado, agosto 20, 2011

Abstrair, pensar em outras coisas...  o bom é que já vou me acostumando, porque ficarei um bom tempo sem ver e sentir os outros que estão comigo todos os dias. E será punk. Tô até vendo.

A ARTE DO DESAPEGO


Bibi querida, eu e meu Jinzinho, que sempre será meu. 

sexta-feira, agosto 19, 2011

Nenhum

"Tinha tudo dentro de si e nunca soube direito. 
Achava que era estranha demais, não se encaixava em lugar nenhum.
Precisou cair. 
Um grande tombo e descobriu quem é de verdade.
Não precisa se encaixar, não tem que ser igual."





terça-feira, agosto 16, 2011

Na madrugada.

Percebo que meu processo criativo está intimamente ligado ao meu dia-a-dia. Vejo que quando eu estava na escola, todos os dias, falando das mesmas coisas, estava adormecida, não conseguia sentir tudo como consigo agora. Me sentia presa em mim mesma, era ruim. Hoje, vivendo, as coisas estão fluindo, é como se a todo momento eu me desafiasse mais e mais a viver e isso tem trazido idéias, muitas idéias, sentimentos, tudo. Trabalhar em casa tem sido bom, mas eu preciso da rua, preciso ver pessoas, de experiências, de músicas, palavras,  tudo isso faz as coisas acontecerem dentro de mim e chega uma hora que preciso me expressar.
É muito estranho e louco, mas a sensação depois é uma das melhores coisas que identifico na minha vida.
Hoje eu posso responder, aquela pergunta de Rilke, sem medo.

Não posso viver sem criar.

Logo temos coisas novas. Estou pintando várias coisas ao mesmo tempo e tenho que pensar na minha tatuagem. :)

Singular

Estava vendo um programa na cultura, amores expressos, tem uma hora que uma das diretoras de curtas que falam de amor, diz: - Aceitar que é um clichê, é a melhor forma de deixar de ser.

Bom, porque me acho um clichê pós-moderno? 

Estava na última aula do curso de História da Arte, que foi todo voltado para a influência que a arte exerce na sociedade, eis que a última aula foi focada na arte contemporânea. O Professor falou da Filosofia, até meados de 1940 e toda a mudança que aconteceu depois disso. O pensamento voltado para culpar a vida por tudo que nos acontece, o ser humano não tem mais controle sobre nada, a responsabilidade sempre do destino, da vida e de algum deus. 
Isso foi mudando alguns conceitos e eis que a arte não é só o Belo, é todo o conceito que ocorre até chegarmos ao belo, e o feio está incluso nisso também. 

E o que isso tem a ver com você, comigo, com nós todos e com a Arte?

risos

Tudo! Eu responsabilizava a vida, o destino, deus por tudo que acontecia e não acontecia comigo. Acreditava em coisas que hoje não acredito. No que diz respeito a arte, acho ótima essa mudança toda de raciocínio. Acho que arte é isso, pensar e colocar o povo pra pensar. Agora pessoalmente, falando, ser um clichê pós-moderno tem me incomodado bastante. Me mexo para me conhecer melhor e isso tem sido ótimo em todos os sentido, mas vivemos na pós modernidade, somos seres pós modernos confusos e em crises existenciais, não tem jeito, por mais que eu tente, vivo aqui nesse tempo.
Minha vida deu um salto nos últimos tempo, devo isso também a essa aula de história da arte (e tem gente que insiste que arte não serve pra nada... ai ai), acreditava em um monte de coisas que foram soterradas por terra. Não quero deixar tudo em que eu acredito nas "mãos do destino" ou de Deus, o que eu puder fazer para conquistar meus objetivos, farei, não vou esperar mais nada, esperei sempre demais, fui paciente demais, sonhei demais sem ter a cara de sair e realizar. Agora chega. É sim ou não, talvez não funciona. E se... não funciona também. 
A vida tem que ser vivida sem economia, ela passa, o tempo passa e se não estamos espertos morremos sem realizar um monte de coisas.
Penso onde eu estava, onde? Estava escondida? Eu tinha medo?

Hoje eu não tenho medo de ser eu. Sou eclética no sentido de ouvir opiniões, querer conhecer, ser uma curiosa da vida. Singular. Não me rendo as idéias que não acredito para agradar ao mundo.

Chega de divagações por hoje... risos, pirei.

Agora nos violões que faz, meu pai usará esse desenho com o nome AtanoD.
Quero aperfeiçoar, mas por enquanto ficou assim.


domingo, agosto 14, 2011

Eclética e Singular.

Os fatos da vida nos endurece aos poucos, só não quero perder nunca essa qualidade de acreditar nas pessoas, acreditar me faz ser eu. :) rs serei sempre uma ingênua... rs  "Eu acredito!"

Refletindo sobre as relações humanas, chego a uma constatação:Tentar sempre ser inteira e nunca esquecer de ser você. Da sua essência.

Digo em todas as relações, não falo só de romance.

As pessoas em geral têm uma fixação em romances, em romances ideais. Na sociedade pós moderna fica difícil idealizar alguém ideal, somos plurais demais para isso, e sem autoconhecimento cai por terra todas as chances de um relacionamento.

Eu vou dizer, sou um clichê pós moderno eclético e singular. Como? você deve estar se perguntando....  rs ahhh, assunto para outro post. ;)

sexta-feira, agosto 12, 2011

Insônia

A insônia está batendo todos os recordes comigo. Coisa de virar a noite com os olhos "estalados". É punk, todo mundo precisa dormir... rs rs
Bom, estou a milhão, fiz mais uma caixinha na minha noite em branco.

Caixinha 




terça-feira, agosto 09, 2011

Das coisas...

Como já escrevi aqui, sempre fui de pensar e sonhar muito. Mas ficava sempre nesse meu mundo de sonhos e pensamentos, nada sólido.
Imaginava que pudesse um dia ir para a Europa, mas quando fosse casada e com filhos, rs com uns 50 anos em férias com a família, ficava triste por pensar no quanto poderia demorar, mas isso era mais próximo de mim do que a vida que pintou de 3 meses para cá. Por isso que digo, essas pessoas que vivem, sem dó, até a última gota, sem economia, é que estão certas. E com tudo, fiquei assim... rs meu humor é outro, me sinto feliz, muito feliz de verdade, porque as coisas não estavam boas e eu desconfiava que tinha algo errado, mas não queria acreditar que tantos anos tinham passado sem eu perceber nada.
É incrível me ver hoje, nem eu acredito em mim mesma, rs nessa sensação boa de movimento, de acreditar em mim e de querer viver o hoje. Faço mil coisas, pinto, desenho, tenho mil idéias, converso, acho que agora até posso dizer que sou uma ex-tímida... rs se é que isso existe.

Enfim... quando pensei nesse blog, pensei em um espaço para mostrar o que faço e principalmente para me conhecer, auto-conhecimento é tudo.
Por isso que escrevo.

30 dias para a viagem, medinho, ansiedade, despedidas, tudooooo!

Olhos ensolarados




quarta-feira, agosto 03, 2011

Falei que não demorava muito a voltar. Voltei.
Estão sendo dias produtivos, tenho ficado muito satisfeita comigo mesma. Sabe esses discursos de auto-ajuda? pois é... rs nunca pensei que eu seria a prova viva de que as coisas que fazem realmente a diferença estão sempre ao alcance da gente, basta ter foco e vontade. 
Eu tinha muito medo de viver, hoje tenho vontade, tinha medo do futuro, era tímida demais, assustada demais. Hoje me sinto tão bem que muita coisa ficou para trás. 
Acho que é a coragem de enfrentar tudo, que fez isso comigo. Nunca imaginei que eu fosse tão forte. Ganhei um livro de aniversário, estou compulsivamente lendo, e na madrugada de domingo tive outro daqueles momentos que andam até que corriqueiros, uma clareza: eu sei tanto o que quero, que agora não saio mais do meu caminho. 
Eu vivi anos felizes, mas foi a desilusão que me trouxe uma clareza, algo capaz de fazer eu ver quem realmente sou. É estranho mas é tão real, tão claro, tão bom. Nunca pensei que tanto sofrimento, fosse me fazer tão feliz. 

Agradeço a todos os envolvidos, só tenho a agradecer.

Desenho de hoje:
Canetinha e acrilica 

sábado, julho 30, 2011

E a produção anda a mil.
Eu fiquei muito chateada com a morte da Amy Winehouse, todo mundo diz: era de se esperar. Pois é, mas eu não esperava, sempre fui de ter muita esperança, minha avó ficou 3 meses na UTI e eu acreditava.
Eu sempre acredito.
Fiquei bem chateada, sempre ouço a Amy quando desenho, quando pinto e foi triste.




Bom, por hoje é só. Acho que volto logo!

terça-feira, julho 26, 2011

Mais uma.

A cada dia que passa tenho uma nova interpretação sobre a vida e essa questão de felicidade. Existe isso de viver e achar que é feliz, porque não se conhece mais nada além daquilo que se tem. E aí por um motivo nebuloso as coisas mudam e você começa a enxergar que o seu mundinho era mesmo pequeno e que os seus sonhos sempre foram maiores do que a vida que você podia acabar levando. É tudo muito estranho e novo para mim, estou adorando cada novidade, cada conversa, cada pedacinho de dia e de noite. Acho que precisava de tudo isso para me sentir viva e com sonhos novamente. Não que eu não os tivesse, mas sonhar esperando por outra pessoa para acompanhar os seus sonhos é a coisa mais triste que há.

Passei de fase mais uma vez!
Pintura acrilica sobre móvel, para a casa nova da Emily Otero.

quarta-feira, julho 20, 2011

Dia 20 de julho

No dia 20 de julho eu nasci, fui uma menininha calma, quieta, que como maior diversão tinha o sonhar de olhos bem abertos e imaginar coisas que talvez fossem impossíveis de acontecer: andar nas nuvens, brincar que andava de ponta cabeça no teto, coisas loucas e que as outras crianças e até os adultos achavam estranhas.
Enfim, no meu mundo eu era feliz ou achava que era, o pensar era o mais legal de tudo, pensar que o que eu pensava só eu pensava. rs Era confusa, quieta e estranha. Sempre fui duas, a que as pessoas viam e a que ficava guardada e só eu conhecia.
Com o tempo fui percebendo que as duas podiam ser uma ou que a "uma" podia ser várias e que eu sou assim. Aos trancos e barrancos vou me conhecendo, caindo e levantando e hj, do alto da minha idade, posso dizer que muitas vezes fui feliz nos últimos 10 anos, mas que hj, me conhecendo melhor, sabendo do que sou capaz de enfrentar, ou que consigo tombar e levantar e dar risadas de tudo, sou muito mais feliz.  Nesse aniversário posso dizer que estou bem, feliz e que estou adorando viver todos os dias, e que com toda a minha sensibilidade, minha emotividade, nunca pensei que pudesse me descobrir assim, alegre, espontânea, com sede de vida e me amando. Hoje eu sei que não preciso de ninguém, ninguém me completa por um grande motivo: eu procuro ser inteira, e essa procura só depende de mim, esse é o grande segredo da felicidade. A felicidade está dentro de nós e sempre procuramos fora de nós.

Desejo a todos o que eu achei em mim: coragem para olhar para dentro e para viver de dentro pra fora!
E Feliz Aniversário para mim!
Sou uma balzaquiana enfim feliz!


terça-feira, julho 19, 2011

Terminei a tela, foi bem bacana de fazer, nossa... fazia tempo que não tinha essa sensação boa, poderia passar a vida fazendo isso, acho que é esse o segredo guardado em mim. rs Nesse mês até a viagem, quero pintar muito, nunca mais paro de pintar e essa tela representa isso, o ínicio de um novo ciclo de vida.
Eu me conheço mais, descobri que posso feliz e o principal, não preciso de outras pessoas para ser feliz, sou feliz comigo mesma. As outras pessoas agregam, sem essa de completar.

Acrilica e pastel seco sobre tela - 60 X 90 cm



quinta-feira, julho 07, 2011

Comecei a tela grande, ela estava aqui há pelo menos dois anos e eu não sabia muito bem o que pintar, não sentia a necessidade de pintar. Essa tela eu não vou vender, será minha, para eu sempre me lembrar de quem eu sou. E o que eu procuro.
Logo posto ela, está em processo de construção. ;)

domingo, julho 03, 2011

Brilho Eterno.

Quando há 2 meses atrás me falavam que o tempo cura tudo, ou que algumas coisas acontecem para o bem, confesso que não era muito fácil acreditar. Hoje vejo que a vida é muito louca mesmo e imprevisivel. E como é bom viver. Nunca vi as coisas tão claramente como vejo hoje, acho que isso é o que chamam de maturidade, e nossa, como é bom! Cresci. Finalmente cresci, e no meu crescimento encontrei uma alegria que eu nunca tinha sentido antes na vida, nem quando era criança, eu sempre tive "uma lucidez perigosa", via, sentia, mas não gostava de sentir, de saber. Não conseguia ver as coisas com humor, levava tudo muito a sério e não vivia o momento. Hoje as coisas mudaram, é autoconhecimento e é fantástico. Estou animada com tudo que anda acontecendo na minha vida, todo dia descubro um mundo novo, cheio de possibilidades e acho que viver é tudo!

Desenho que fiz para o Tntema.
Brilho eterno é um dos meus filmes preferidos, é uma história de amor surreal. Tentei colocar no papel o que sinto sobre o filme.


desenho com lápis de cor e nanquim e um pouco de CS5.