Olha, preciso escrever o que eu sinto, o que penso. Ultimamente tem sido difícil para mim as saudades. Sinto tantas saudades do Marvito, o gato. Tantas, que até dói. Vejo ele encima do armário, da impressora, deitado embaixo da mesa de desenho, vejo ele escalando a tela e ficando lá encima penduradinho até criar a coragem de pular. É tanta saudade, lembro dos olhos dele e de como ele me olhava. Lembro quando ele comia pipoca e dos carrapichos que ele trazia do terreno do Seu Orlindo, lembro daquele fuço rosa que tanto eu amava beijar e das vezes que ele ficava sem ar com os meus beijos. Eu pensava que ele fosse forte e que viveria muito, muito tempo. Fui pega de surpresa. Agora dói. Tive alguns gatos, lembro de todos eles e até hoje penso. Penso nas minhas avós que morreram qdo eu era adolescente e como ainda hj dói. Dia 14 de nov. fazem 14 anos que Vovó Donata se foi, foi a minha primeira grande perda, dói ainda, acho que nunca vai passar, sonho com ela e com a minha outra vó: Nininha, sonho com o meu avô Adri, e dói.
Ás vezes me perco entre os meus pensamentos. Estou desenhando algumas coisas, mas não sei se esses desenhos conseguem expressar esse mar revolto que há dentro de mim.
Estou triste. O Marvito deixou um vazio sem fim.
canetinhas stabilo, lápis de cor, colagem e spray sobre canson.
14,5 X 10,5 cm
2 comentários:
Oi Gi!!! Poxa, que triste seu texto. Posso estar errada, mas seus momentos de melancolia te fazem produzir coisas incrivéis!! São produções verdadeiras e refletem como vc é e pensa. Sua poética está cada vez mais apurada. Li seu desabafo no email que mandou para o grupo, mas não consegui manifestar resposta. Dificil saber que tantas coisas te deixam pra baixo. Queria muito conversar com vc!!! Sinto falta disso...
Fica bem e até breve! ( A Lilian amou essa ilustração sua, eu tb achei maravilhosa e refinada )
Lindo, Gi!!
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