quarta-feira, janeiro 27, 2010

Comprei o livro Cartas a um jovem poeta - Rilke, para presentear minha cunhada, abri para escrever algo para ela e caiu justamente na página em que ele fala da tristeza.

Foi esse o trecho: "Quero de novo falar um pouco consigo, caro Sr. Kappus, embora quase nada possa fazer que o ajude, quase nada lhe será útil. Teve muitas e grandes tristezas, que passaram. E diz você que mesmo essa passagem foi difícil e o deixou inconsolável. Mas, por favor, pense se essas grandes tristezas não foram directamente para o centro de si próprio? Se muita coisa em si não se modificou, se algures em si próprio, nalgum ponto do seu ser, não se processou uma mudança enquanto se sentiu triste? Só são perigosas e más aquelas tristezas que nós carregamos entre as pessoas de forma a afogá-las; como a doença que é superficial e tolamente tratada, que apenas se retira e passado pouco tempo aparece de novo, mais violenta; e acumuladas dentro de nós não vida, não vivida, rejeitada, vida perdida, da qual podemos morrer. Fosse-nos possível ver para além do conhecimento, e um pouco além dos limites do nosso poder de adivinhar, talvez suportássemos as tristezas com maior confiança do que as alegrias. Pois são os momentos em que algo de novo entra em nós, algo desconhecido; os nossos sentimentos crescem mudos em tímida perplexidade, tudo em nós se retrai, a calma aparece, e o novo, que ninguém conhece, mantém-se ali no meio e é silêncio."

(Rainer Maria Rilke- CARTAS A UM JOVEM POETA)

Assisti o filme: Bons Costumes, no cine Bombril.

Tb ontem fiz um desenho encomendado por uma amiga querida, Raquel Freitas.
usei como referência um outro desenho meu, não conseguia nem a pau desenhar uma moça de biquini, tentei, tentei e tive que ter referência.



caneta nanquim sobre canson.
Tam. A4

É isso.

Um comentário:

Emily Otero disse...

Gi, cometei sobre o livro com o Gabriel, e falei justamente dessa parte... Obrigada, amei.