sábado, dezembro 29, 2012

Tchau 2012 :)


2012 foi um ano muito especial, foi a consagração de 2011. Um ano cheio de mudanças, coisas boas, superação, choros, amor e verdade. Um ano cheio de verdade. Eu que gosto tanto da verdade tive ela presente o tempo todo nesse ano que está terminando. 
Eu só agradeço. Agradeço as pessoas que estiveram na minha vida em 2011 e 2012. Agradeço por finalmente depois de tanto não me entender, passar a me conhecer tão bem e hoje sei que isso é o maior e melhor presente que alguém pode ter: o autoconhecimento. Eu pareço demagoga com esse papo, mas é a mais pura verdade, a vida faz todo o sentido com o autoconhecimento. Dinheiro, amor, saúde, nada faz sentido se você não se conhece, primeiro se conhecer, depois conhecer o outro. Mais de 3 décadas pra conseguir ser mais próxima de quem eu sou de verdade: livre. 
2013 é um número e será como 2011 e 2012...números bons! Que com as coisas ruins eu aprenda sempre, amadureça sempre, perceba sempre mais que o valor está nas pessoas e não nas coisas ou no que o dinheiro e o poder compram. Obrigada aos meus amigos de verdade, aqueles que estiveram e estão sempre comigo apesar da distância física, aos meus Pais que sempre me deram a liberdade e que teve um tempo que eu não entendia e a via como descaso e desamor, hoje sei que tive a melhor criação, e que tudo converteu pra eu ser quem sou, obrigada ao amor que dou e recebo de volta todos os dias, em casa, na escola e em todos os lugares que vou. 


Feliz Ano Novo! Desejo que todos se sintam um pouco como me sinto: Feliz! Feliz por estar viva, por ser quem sou, por ter a família que tenho, os amigos, o mundo!  
Que 2013 seja maior e mais lindo ainda! Eu sei que será!!! 





sexta-feira, dezembro 07, 2012

Postagem sobre o Nada Pós- Moderno


Vendo entrevistas do Criolo e ouvindo suas músicas, sinto orgulho de fazer parte da mesma geração que ele. É como um presente, já que a minha geração marca pela superficialidade, futilidade, consumismo, etc... características do Pós-Modernismo.

Somos a geração do deslumbre, não sabemos lidar com o simples, com o objetivo, adoramos complicar e reclamar de tudo achando que estamos sendo críticos, quando na verdade estamos só reclamando mesmo e competindo para ver quem tem a vida mais triste.

Queremos a independência, mas precisamos de afirmação o tempo todo, não nos bastamos, é preciso que o outro sempre elogie, sempre opine.

Quando você consegue enxergar tudo isso e vê que o caminho é pensar diferente, um monte de gente te acha egoísta, esnobe, estranho, quando na verdade esses que julgam são do time da Superficialidade completa e só enxergam o seu próprio umbigo (não se colocam no lugar do outro). Acho que existem dois tipos de egoísmo: o bom, aquele que permite com que você se conheça acima de tudo e se conhecendo fica mais fácil entender como funciona os relacionamentos e o ruim, aquele que faz com que você pareça generoso, mas na verdade você está o tempo todo cobrando dos outros atitudes que não tem com o outro.

Depois da Irlanda, de me entregar a esse país com um amor que só eu sei, aprendi que pensar em mim, fazer as coisas pensando no meu bem-estar, não me anular, etc... é o essencial para me relacionar bem com todo mundo... Aqui no Brasil nós gostamos de parecer generosos para sermos reconhecidos, a falsidade norteia nossas atitudes mesmo que de forma inconsciente.

Eu não quero ser melhor que ninguém, eu quero ser eu mesma, como venho sendo. Eu não quero competir para saber quem tem a vida mais triste, a dor mais forte ou a voz mais rouca por conta das aulas. Eu quero é passar algo de bom para os meus alunos, como pessoa e como profissional, quero ser feliz na minha rotina cotidiana, transformar o meu mundo, já que não posso fazer escolhas por todas as pessoas que amo.

quinta-feira, outubro 25, 2012

Ando sumida daqui do blog, não por falta de vontade de escrever, a falta de tempo é o principal motivo.
Quem sentir falta, estou com uma página no facebook para mostrar um pouco do que ando fazendo:
https://www.facebook.com/GiArchanjo

Passa por lá se quiser! :)

Um beijo.

quarta-feira, julho 25, 2012

Out

Ter vivido lá fora me mudou. Não assisto mais TV. Não me interessa mais muita coisa daqui e não é arrogância, percebi que a vida é muito mais linda, muito maior do que os Meios de Comunicação quer que acreditamos que seja. Percebi que somos criados para vivermos na mediocridade e aceitamos, porque a maior parte de nós não tem muita chance de sair e ver como são as coisas, os livros, as informações, tudo isso nos ajuda, mas como a educação do nosso Brasil falha, tudo falha.
É uma bola de neve sem fim.
Cheguei num nível em que não quero mais ver TV, não quero ver os noticiários "pingando" sangue, os programas apelativos e as novelas que não acrescentam nada a minha vida.
Eu sou da música, dos livros, do escrever, pintar, do pensar.
Sou tão melhor assim e isso conquistei lá fora.

Estou pintando, desenhando, pensando, conversando, amando. Estou muito feliz.

Quero voltar logo para lá, visitar os que deixei.






sexta-feira, junho 29, 2012

Box

A ideia desse blog sempre foi falar um pouco sobre a minha arte, consequentemente sobre mim, e aí já vão alguns anos... Tanta coisa se transformou em mim, na minha vida e na minha arte. Progredimos. É a minha constatação. No meu peito sempre terei a saudades, ter me deparado com a Família Young foi um dos maiores presentes da minha vida.  Algumas coisas que me causaram choro e sofrimento num primeiro momento, também foram grandes presentes. Hoje me conheço tanto, e quero sempre me conhecer mais. Tenho tanto que agradecer, eu só agradeço, mesmo as coisas ruins, me fizeram ser gigante, um monstro de força diante de tanta solidão e medo. Agradeço.
Estou muito feliz, eu nunca deixei de acreditar, nunca, eu acredito em mim, acredito no meu trabalho: eu posso ser Au Pair, Professora de Artes, Artista, eu posso ser o que eu quiser porque eu amo. Não sou de Pedra, o amor me move, é esse o meu grande segredo.

Volto pra Europa e não vai demorar, mas minha casa oficial é aqui. rs
E o maior presente foi ter participado do Projeto Oficial de Arte de Rua em Dublin City. 
Foi muito especial para mim.<3


.



quarta-feira, junho 06, 2012

Sobre as palavras.




Não existe idioma que decifre uma palavra, ela pode ser cheia e vazia de significados. O que valoriza as palavras são as atitudes, sem elas, as palavras são ocas. Essa constatação me fez ir mais longe: o silêncio e as atitudes significam mais do que palavras e se as palavras podem ser vazias, porque falamos tanto? 

Escrever é diferente, é registrar a palavra. Colocá-la em outro patamar, um degrau acima. 
Não que o registro signifique muita coisa, na literatura permite sonhos, fantasias, conhecimento...Notícias. 
O poder da palavra é tão grande e ao mesmo tempo tão pequeno, varia de pessoa para pessoa. 
A palavra é uma pessoa. 
São tantos tipos de pessoas e tantos tipos de palavras. Tem as fracas, as que não dizem nada, as fortes, corajosas, intensas, as delgadas, superficiais, as chatas, as belas e iluminadas. Tantos, tantos tipos. 

Atribuímos muitos significados e passamos a viver a espera disso, como se viver dependesse da aprovação das palavras/pessoas. Só que somos seres únicos, vários mundos. O significado varia de pessoa para pessoa, então o desejo pode significar para mim A, e B para você; o que é louco, porque são expectativas sempre diferentes, ninguém é igual a ninguém, esse é o grande barato.

Daí eu pego a palavra Amor e vejo tudo que está ligado aos seus significados e penso o Amor é algo para mim e para você pode ser outra coisa, pego Saudade e é a mesma coisa, significados diferentes. Aí penso na atitude, e a palavra atitude??? é vazia se não tiver cheia de ATITUDE... 

Faz um tempo que deixei de acreditar em palavras alheias. Acredito nas minhas, são as únicas palavras que posso controlar, que posso encher de atitude. Procuro deixá-las cheias, intensas de significados, ás vezes nem preciso delas, eu sou elas. 

Eu, a grande palavra ambulante. A que silencia, que erra e acerta, que acredita e se joga. 
A palavra que procura Viver hoje primeiro e depois o amanhã. 


sexta-feira, maio 18, 2012

Hoje tem desenho. Today has a design.

Foram dois dias tensos.
Ai que sentada, tive a ideia de um desenho e fiz.
O tenho como uma jóia delicada, quando estava fazendo já tinha essa ideia de estar fazendo algo precioso, e não para o mundo, precioso para mim.



Two days were tense.
Sitting there that I had the idea and made a drawing.
I have like a delicate jewel, when I was doing had this idea of doing something valuable, and not for the world but precious to me.



Acrylic and nanquin on paper A4

quinta-feira, maio 17, 2012

Justa Palavra

Blog do meu amigo Marcio Costa, muito bacana a forma crítica como ele vê as coisas e ele é assim na vida "real"... rs Ótimo Professor de História e Geografia!

quarta-feira, maio 16, 2012

Hoje não tem desenho.


Eu poderia escrever, escrever muito para tentar traduzir o que estou sentindo, eu poderia tentar falar, usando as mãos para tentar traduzir o que sinto. Mas nada do que eu escrever ou falar dará conta de tudo que se passa aqui dentro de mim. Estou triste como há tempos não ficava, saber que minha amiga, minha irmã de coração, perdeu sua mãe assim, de forma tão devastadora fez um buraco em mim. É como se a mãe fosse minha, é como se o Pai que ficou fosse meu. Aqui tão longe, tão impotente, não posso muita coisa. Sei o quanto todos sofreram nesses 4 meses, e aqui de longe acompanhei tudo pedindo para que tanto sofrimento não durasse muito. 

Já perdi muitas pessoas próximas de mim, minhas avós queridas, meus tios e nunca vou me acostumar e achar que a vida é assim mesmo e que perder quem se ama é normal. Sempre será um baque, sempre vou chorar, sempre. Também aprendi a conviver com a dor da saudade que nunca passa, com os sonhos que muitas vezes ajudam a matar um pouco da saudade sem fim e com o medo de acontecer de novo, de novo e de novo. 
Isso pra mim é viver, e que ninguém queira simplificar dizendo que são coisas da vida, que tudo é assim mesmo, bla bla bla... que temos que ser fortes... Todos somos diferentes, o seu jeito de pensar e ver as coisas pode não ser o meu e escrever aqui não significa que o meu jeito é o jeito perfeito.
Sim, temos que ser fortes, mas temos que sofrer tudo, eu sofro tudo que tenho que sofrer para sair viva e forte, eu nunca serei a Pedra que a sociedade contemporânea pede que eu seja. Eu sou livre e eu choro sim, eu sinto, eu sou humana. 
E logo volto para o Brasil, uma escolha minha, só minha, com os riscos meus também. 
Sei que o Brasil não é nenhuma maravilha, mas é lá que tenho meus pais, minha família, meus amigos, meu futuro.


Amiga, estou vontando, você vai estar diferente eu sei. Quem passa por isso, a não ser que tenha abraçado o personagem de Pedra, muda. 

Nenhuma perda, nada, é tão sem remédio quanto a morte de quem amamos. 
Isso nos prepara para qualquer coisa, quem já passou, sabe.  

Hoje não tem desenho. 

terça-feira, maio 01, 2012

May and Rain

E enfim chegou Maio.
Aqui faz 1 semana que o tempo tem ficado mais feio do que é normalmente, isso só serve para constatar a falta que o sol tem feito em minha vida e o quanto ele me influencia. Quando o dia é bonito, mesmo com frio,  é como se minha alma fosse inundada por uma vontade sem fim de viver. Eu continuo com vontade de viver nos dias feios, mas é bem diferente, sinto mais saudade do Brasil.
Não sei como será quando eu chegar lá, espero que eu consiga me readaptar a tudo, ao medo. Aqui eu não sinto medo de ser assaltada, sequestrada, enfim... um monte de medos que eu sentia no Brasil.
Vou ter que me readaptar a isso. Medo!

Nesse meio tempo fiz dois desenhos e estou no terceiro.
Não pretendo mais pintar telas aqui, porque agora tô sem saber como faço com as três que pintei. Não sei se mando pelo correio ( que deve ficar bem caro), se arrisco no peso da minha mala... tô perdidinha, se alguém tiver uma ideia, deixe um comentário, please.
O dia hoje - grey day

acrylic and watercolor on canson
size: A4

nanquim e acrylic on canson
Size: A4



terça-feira, abril 24, 2012

Gira


É incrível como as coisas tem se movimentado!

Vou orientar um grupo de adolescentes a pintarem um painel para um super evento que vai ter aqui o ECO-UNESCO Young Environmentalist Awards 2012, o mais legal é que tem a ver com o UN Rio+20 Conference on Sustainable Development! Estou bem feliz! :D Vamos ver como será!

Além disso estou pensando numa linha de desenhos exclusivos para carteirasustentavel.com.br 
Eles me chamaram e eu super feliz aceitei! 
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Ontem estava olhando umas fotos e senti aquele tipo de saudade, aquela que dói, a saudade urgente, que faz você querer correr para o aeroporto sem mala sem nada, tomar o primeiro avião e desembarcar em SP. Exercitar minha paciência tem sido um exercício de auto-conhecimento. 



Desenho sobre canson - A6 (21 X 14,8)
Encomendado pela Débora Vasconcelos do blog: 



quinta-feira, abril 19, 2012

É natural.

Se um dia você quiser negar aquilo de mais precioso que você tem por que as pessoas ao seu redor acham que isso te faz fraca. Esqueça as outras pessoas e nunca se anule. Não tem coisa melhor do que amar, eu não seria capaz de viver "amando" as pessoas superficialmente. Eu amo de verdade, eu vou com tudo e na hora de ir embora não é fácil pra mim, mas fica a sensação de que fui inteira, completa, livre, de que amo e de que sou a pessoa mais feliz do mundo por ter vivido tudo isso, por ter me mostrado inteira e também sido amada exatamente como eu sou, talvez até por eu ser assim. 
Quando eu cheguei nessa família tive um pouco de medo. Eram 3 crianças, a menor de 5 anos com quem eu passaria a maior parte do tempo. Nunca tive muito jeito para crianças, não de um jeito convencional, rs não  sou uma bruxa, só não trato crianças como eu trato os gatos e cachorros rs não aperto elas, não mudo a voz... rs 
Enfim, tive medo, mas queria o emprego. Morar numa casa que não é sua, com estranhos não é fácil. Ser Au Pair não é fácil, é preciso sensibilidade para lidar com tudo. 
Eu amo essa família como se fossem minha família, ás vezes penso como vai ser quando eu for e eu prefiro nem pensar. Nem pensar. Eles me falam coisas lindas, me tratam com tanto carinho, respeitam meu trabalho como Au pair, Professora, Artista, me valorizam como eu sou. Querem saber dos quadros, vêem algo bonito e me mostram... Sempre preocupados se estou feliz, elogiam meu trabalho, falam sobre meu comportamento, da forma como lido com as coisas, de como eu vivo. Ontem minha chefe me disse que quando eu quiser voltar as portas estarão sempre abertas para mim. 
Você ouve uma coisa dessa em Inglês e todo o sacrifício que fez para estar aqui passa a ter valido a pena. 

Esse é o Amor. Para alguns, amar é sinal de fraqueza. 
Pra mim, AMAR é sinal de Força, Coragem e é Natural. 

Logo volto para o Brasil, não sei como será lá, as coisas vão se acertar e agora mais do que nunca eu sei quem eu sou e o que eu quero. Eu vou atrás!

De novo já estou com o coração pequeno e deixando para trás alguns tesouros, mas eu volto, tenho certeza disso. 

Demorei umas 3 semanas pensando sobre esse quadro, quer dizer, comecei mas não conseguia solucionar.
Fiquei quieta, pensei, visualizei... E enfim consegui terminá-lo ontem. 

Estar nessa fase contemplativa, apaixonada... rs tem me feito bem artisticamente, mais uns anos assim, alimentada por isso e pelo auto-conhecimento e tô feita... rs

See you! 

Acrylic on canvas
40X40

Detalhe

sexta-feira, abril 06, 2012

Vira e mexe...

O bom das crises é que nos colocam em movimento, eu vira e mexe tenho uma... ou porque desenho mal, ou porque de repente desenho bem, ou acho que falta expressividade nas coisas que faço, ou porque acho que não sou tão organizada e certinha como alguns dos meus desenhos e pinturas são... enfim, inúmero motivos: cor, forma, linhas, textura, expressividade, significado, técnica... rs o que não faltam são motivos para me colocar em crise (movimento). 

E aí, que estou no meio de uma. E é punk. Eu sinto falta do espaço, da bagunça de casa, do piso que no fim eu podia limpar e beleza. Aqui tenho carpete, tá podia colocar jornal... rs a última vez que tentei mais expressividade, manchei a cama box e tive que me virar para tentar "suavizar" a minha arte na cama... rs  
Tô parada aqui numa tela, nada flui, nada: as cores, as formas, a tinta... rs tá punk. Além da tela, rs tô parada com uns 2 desenhos que estou fazendo estilo mais realista...
Aí meu Pai me pergunta: - Tá pintando filha?
risos
E pra explicar?

E isso tudo faz eu procurar. Eu procuro como louca uma forma de sair, então nos últimos dias meu companheiro tem sido o Sketchbook. Fico lá, desenhando sem compromisso, sem querer ser boa, sem querer ser nada, só procurando alguma coisa que nem eu sei o que é, mas que quando eu "achar", eu saberei. 

E mudando de assunto.

Hoje vou para Portugal, estou com medo, pois reservei o Hostel, comprei as passagens, fiz tudo sozinha... rs e sou muito distraída e desastrada, estou morrendo de medo de ter deixado passar alguma coisa... rs do Hostel ser uma droga... rs essas coisas... Mas enfim, well done! rs








segunda-feira, abril 02, 2012

April: Inventa? Então aguentaaaaaa!

Hoje o dia amanheceu bem feio, rs mas aqui os dias são muito mais feios do que bonitos, e como sempre o conceito de beleza difere de pessoa para pessoa (juízo de gosto) e eu ando apaixonada pelo sol, não posso ficar falando muito sobre o clima da Irlanda. rs Dias lindos aqui, no meu juízo de gosto, são raros. :P
Aqui as crianças ficam de férias por 15 dias: 1 semana antes da Páscoa e 1 semana depois. 
Dia cinza, crianças de férias e eu au pair, não presta muito. rs A Dear veio e me pediu algo para comer e dei Pingles e fiz todo um discurso: o dia está feio, a garoa lá fora, holidays é tempo de enjoy, bla bla bla... e dei a Pingles...kkkkkkkkkkkkkkk depois fui no Playroom levar um Smooth Juicy que ela adora, o que ela faz quando eu entrego o copo? cheira primeiro antes de beber... kkkkkkkkkkkkk eu não acreditei, eu perguntei: - Porque você cheirou? ela: - I dont know...  Essa menina é uma figura rara viu... rs 

Daí eu vou e falo: - Sabia que eu vou para Portugal?
Ela responde: - O que significa isso?
Eu:- é um país...
Ela: - I dont know... rs

Ás vezes eu me sinto num livro do Nick Hornby, estilo: Um grande garoto.
Eu e a Dear temos uns diálogo loucos. Realmente nos divertimos juntas. Acho que quando eu  voltar para o Brasil vou manter uma correspondência com ela, ela adora cartas, adora desenhar e dizer que vai mandar. risos. Coloca no envelope, sela e deixa pela casa para a mãe. risos. 

E eu invento, inventei que queria buscá-la na escola de bicicleta... ela aceitou... no primeiro dia, ela veio na cadeirinha da bicicleta morrendo de rir, dizendo que era really really really nice voltar assim para casa risos e que ia querer todo dia voltar assim, bus nunca mais... rs Inventa, então aguentaaaaa! rs

Agora mesmo, ela me interrompeu porque queria pintar, ai pintamos... rs  
Ela anda aceitando algumas sugestões minhas, por que vou dizer, para conquistar o respeito dela... não é mole não, se você vai pela imposição, é fracasso certo... é muita conversa, muita, muita.
Um jeitinho que eu nem sabia direito que tinha, mentira, sabia sim... rs Dou muita risada com ela! rs





quinta-feira, março 29, 2012

Burned

Queimei meu dedo hoje, fui tirar um prato do microwave e pá, queimei o dedo. Ai fui fazer um drama: - Dear queimei meu dedo, look! rs
Ela até ficou curiosa, mas não demonstrou interesse, ela é daquele tipo... joga o tempo todo, me ama, mas nunca assumirá... depois que sentiu medo a noite e pediu para dormir na minha cama, ficou chata comigo, rude...rs eu digo para ela, que se ela quiser eu chamo a antiga au pair, a Alemã... rs  e ela fica mais brava ainda. Meu principal hobby aqui é encher a paciência dela... rs I enjoy!!! rs
Ai, voltando para o dedo queimado, Darr que não fala muito, veio e me perguntou: - Você queimou seu dedo? coloque uma bandagem.
Só sei que me emocionei. Ele falar isso, para mim é gratificante. Não tenho muitas palavras. Eu já amo essas crianças, e sei que eles também gostam de mim e não será nada fácil dizer Tchau. Cada sorriso que eu ganho dele, é como se o sol iluminasse a minha alma. É uma coisa boa, tão boa que eu sinto que por segundos seria capaz de voar.

Eu não vou colocar foto do meu dedo queimado. rs
Acho que ver foto de dedo queimado com bolha, ninguém merece. rs :P


Desenho rapidinho só para não perder o hábito. :)

terça-feira, março 20, 2012

GNIB

Bom, a alegria dos últimos dias foi eu ter ido no Tesco comprar cerveja e na hora de pagar, a caixa pedir o meu GNIB para checar se eu já tinha 18 anos.... Ae!!! Minha pele tá zuada, eu tenho rugas que o vento europeu me presenteou e ela pede meu GNIB. Quase pedi para dar um abraço e um beijo nela, até agradeci!!!rs
É aquele meu pensamento... idade está na cabeça e se você tem uma ajudinha da genética aí é comemorar...! rs
Comprei meu roller skate... Não tenho natação, não tenho academia, mas estou apaixonada pelo meu roller skate e pelo meu conjunto de lápis HB, 2B, 4B e 6B.  :D
Hoje peguei um gatinho no colo, foi bom, mas foi tão rápido, nem senti direito... Falta pouco para apertar meu Pretinho.

Desenho novo: 

Tamanho: 13,5 X 18,5 cm
Grafites: HB, 2B, 4B e 6B
Papel: Canson  
Estou lendo, e tenho pra variar, pensado muito. rs Como essa coisa de ser estrangeira tem mexido comigo.
Lembro de todas as minhas fases: a chegada e o deslumbramento, a sensação de fantasia, o meio com a adaptação que parecia fácil, mas que não foi tão fácil, a mudança de fuso, as pessoas estranhas, o inglês terrível, a expectativa que eu tinha em relação a Europa e a das pessoas em relação a eu estar na Europa, tipo: Gicelle, seu lugar é ai!!!
Eu pensei bastante sobre isso. Sobre meu lugar ser aqui.
Não é possível que meu lugar seja num lugar onde eu me sinta tão metade do que eu sou, onde a minha capacidade de ser é tão minimizada. Sendo bem sincera, queria muito que meu lugar fosse aqui ou por aqui... rs
O que eu acho é que não tenho lugar, eu gosto disso, de conhecer, de ver, viver, desbravar.
Fiquei assim.
Eu sou tão diferente da que veio para cá... se quando eu vim já estava diferente, agora então... nem sei.
Minha cabeça e meu coração são outros.
Eu me sinto eu, e sou tão feliz de ser eu, como nunca me senti na minha vida outra vida.
Foi bom ter morrido e o melhor: ter renascido.


segunda-feira, março 12, 2012

March

Ela sentia uma saudade cortante, uma dor no estômago misturada com preocupações e borboletas.
O sentimento de solidão que ela tanto ama, algumas vezes fere e faz sonhar com momentos preenchidos por pessoas e sons que já passaram em sua vida. Ela acha que é cheiro de Saudade.
Tudo para ela tem cheiro: o cheiro do passado, do presente, do futuro, cheiro de sábado de manhã com sol, cheiro de domingo de manhã com chuva.
Cheiro de alegria, cheiro de tristeza e músicas, cheiro de música no ar, cheiro de azul.
Aqui todos os cheiros são misturados, não dá para saber quando é cheiro de saudade ou quando é cheiro de medo do futuro, é tudo muito confuso.
O sol brilha? aí é cheiro de Brasil... e quando você coloca os pés para fora de casa, é cheiro de sol sem graça e o vento dispersa qualquer cheiro... e volta a ser saudade, só saudade.

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Quando eu cheguei aqui, com poucas semanas, falei para a Adriana: - 6 meses eu fico. Não sei se consigo mais.
Por algum tempo, pensei que conseguisse ficar para sempre... quer dizer, aqui é tão melhor que o Brasil, melhor não porque é Europa... é por que é melhor na prática. Um lugar em que eu posso andar sozinha na rua sem ter medo de ladrão, de tarados, de qualquer coisa... não sentir medo de sair é maravilhoso, só vivendo pra saber. As pessoas educadas, dando valor para coisas que eu acho que têm valor...Preocupadas umas com as outras... enfim. 
Eu posso falar, trabalhei 7 anos dando aula, ganhando o que um Professor ganha para passar um mês, um país que não pensa na Educação, não tem futuro, qualquer política é falida... Educação é tudo. Professor é uma das profissões mais lindas e talvez a mais desvalorizada, até mesmo pelo próprio professor que se acomoda e passa 20 anos sem se atualizar, dando umas aulinhas pra inglês ver. Quem pode amar alguma coisa, com um Professor que não ama, que não acredita no que ensina? Por isso que eu desisti. Eu amo, não posso fechar os olhos e fingir que não vejo o que acontece, que ninguém tá nem aí para nada e o que  dita as regras é sempre o dinheiro.
Aqui também o dinheiro dita as regras, mas a vida é mais ou menos igual para todo mundo... não sei explicar... eu vivo. Mesmo se eu pudesse pegar toda a minha família, meus bichinhos, meus amigos e trazer para cá num pacote, mesmo assim eu sentiria falta do Brasil. Isso que me dá raiva. risos. 
Algumas vezes eu me sinto uma estúpida. Pensando racionalmente, eu não tinha que sentir o que sinto. 
Não tinha mas sinto. E é tão verdadeiro, que está cravado em mim, tatuado e eu nem preciso ficar cantando hino e me enrolar na bandeira. Inclusive acho isso tudo uma palhaçada...rs 
Enfim, passei pelos 6 e ainda me faltam 3. Agora é respirar e enfrentar.

;)
Janela

segunda-feira, março 05, 2012

Como me conservar?

E quando você sente que terá que ser a pessoa mais forte de todo o universo. E você ainda é filha. Não sabe como é ter toda a força do universo para ajudar quem te colocou no mundo?

quarta-feira, fevereiro 29, 2012

As coisas que não pensei...


Já escrevi sobre os planejamentos para a viagem, a ideia começou a fazer parte da minha vida quando comecei a faculdade de artes. Era surreal estudar tudo aquilo e nunca ter saído do Brasil, sonhei muito com Florença, não sei se vai ser dessa vez, mas agora pensar em sair do Brasil ficou muito mais fácil. Dou meus pulos (Trampoline rs). Daí virei professora, logo eu, que mal falava em público... dando aulas e o pior: gostando! Quando pedi minha demissão, fiz 1 mês de aviso prévio. Um dia um Professor chegou em mim e disse:
- É verdade que você pediu demissão e vai embora do Brasil? Você é louca, tem que ter muita coragem! 
Na hora olhei para ele e falei, nem pensei muito, só falei:
- Coragem tem você, de continuar  aqui dando aulas,  reclamando e achando tudo ruim. 
Ele não disse nada.

Eu fico pensando nessas pessoas que se conformam com o que não é tão bom, com medo de não conseguir nada melhor da vida. É o pensamento Pós-Moderno atacando novamente. Eu sempre disse, desde aquela aula de História da Arte, última aula, que sou uma Romântica Pós-Moderna... (Romantismo: Movimento Artístico). 
Romântica porque acredito nas mudanças, acredito, eu nem sei como posso acreditar, acho louco acreditar, mas acredito, alguma coisa dentro de mim acredita. Pós-Moderna porque é fatal, eu vivo nesse tempo, vivo sendo pega pelas armadilhas da Pós-Modernidade. 
Escolhi vim para cá e me jogar de cabeça nos costumes, no modo de viver desse povo. E o mais louco, eu sinto saudades do Brasil, mas nunca mais serei a mesma depois daqui. Fico pensando nas pessoas que não arriscam nada, fico pensando no que foi que aconteceu comigo que me mudou tanto, ou se eu sempre fui como sou agora e nunca percebi. Eu era chata, negativa, presa em mim mesma. 
Hoje brincando com a pequena eu fui a pessoa mais feliz do mundo. Nunca ninguém vai me tirar o que eu sinto.
Vai ser duro ir embora, hoje ela pulava, caia encima de mim, me abraçava. A mãe chamou ela para sair e ela preferiu ficar comigo. A mãe ficou feliz e surpresa, eu ficaria também. 
Toda hora estou indo embora, conheço as pessoas, me apego e vou embora. Dói. Dói. Antecipadamente já dói. Eu sei que posso voltar, eu sei que sou capaz de muita coisa que nem imaginava. Mesmo assim, dói. 

Hoje eu só quis escrever, sem desenho. 
Organizei o Tumblr : http://giarchanjo.tumblr.com/
Primeira vez que consigo visualizá-los assim... Tem muita coisa que deixei de fora, fiz uma curadoria básica. 

Eu volto. 


segunda-feira, fevereiro 27, 2012

Trampoline

Nos últimos dias escrevi muito, muito mesmo. Tenho tido meus pensamentos, como sempre... ai desencanei de colocar aqui no blog, achei que são pensamentos íntimos demais. Me sentiria desprotegida, nua.
Geralmente tenho poucas dúvidas, eu sinto e pá. Rumino os sentimentos por algum tempo e coloco para fora ou não, quando vejo que não vale a pena... esqueço. É isso. 
Então, como hoje tive uma Experiência Estética [... a experiência estética solicita uma mudança na maneira pragmática de se perceber o mundo. Esta experiência (e também o trabalho científico ou filosófico) constitui-se, segundo o termo empregado por alguns autores, um “enclave” dentro da realidade cotidiana. A experiência do belo é uma espécie de parêntese aberto na linearidade do dia-a-dia. (Duarte Jr.,1991, p.33)] resolvi fazer uma postagem estratégica sobre isso.

Eu trabalho como au pair e a família foi passar férias fora por 2 semanas. Foram 2 semanas que usei para pensar, desenhar, estudar. Enfim... só que senti saudades, eu sabia que sentiria, até porque trabalhar para eles não é um sacrifício, eu gosto de verdade, eu me divirto, me sinto parte de uma engrenagem, e hoje sei que fazer parte de um todo é importante para mim. Antes de conseguir esse emprego, sentia muita falta da minha família, ainda sinto, claro... mas a vida aqui ficou muito mais tranquila depois que comecei a trabalhar para eles. 
Eles chegaram hoje, e aqui é assim... cada um na sua. Acho que por isso me dei tão bem, sei das minhas responsabilidades, as cumpro, aprendo inglês com eles, respeito o espaço deles, eles o meu e é ótimo! 

Só sei que hoje a tarde, fui conversar com a pequena D. que é uma menininha com muita personalidade, puxei assunto, tentei brincar, não obtive sucesso... rs eis que fui brincar com o cachorro já que ela não me dava a mínima confiança... foi o que precisava.

Ela sugeriu o trampolim (cama elástica) que tem aqui no quintal... eu disse: - eu também? rs
ela disse: - Sim!

Minha vida mudou!!!

No instante em que pisei no trampolim, o sol se abriu, o calor voltou, o céu ficou azul. 
Foi uma experiência estética! Por uns 15 minutos nós pulamos, rimos, caímos, levantamos, rimos mais. 
Foi mágico e um momento que nunca vou esquecer. 

Fiquei pensando: E se eu fosse cheia de mimimis e não topasse ir no trampolim?

Perderia isso. 
Pode parecer uma besteira sem fim para você que está lendo, mas eu sei que foi lindo. 
Valeu tudo que passei até aqui! 

Obrigada :D

E para você que pensa que porque é adulto, tem que sempre ser chato, levar tudo muito a sério e ficar podando as pessoas, porque se poda o tempo todo...Te digo: - AH... Só lamentos...!!!ahahahhaahhaha 



Para a postagem ficar mais interessante, três desenhos que vendi aqui na Europa!;)


See you! 











sexta-feira, fevereiro 17, 2012

Game


Hoje lembrei bastante das minhas avós, já faz tanto tempo que elas se foram, mas sempre que a lembrança vem forte eu sinto como se fosse ontem e dói.
Penso em como as coisas são, em provas que temos que passar para passar de nível, como se o tempo todo a vida fosse um jogo. Eu chego numa fase e tenho que passar de fase, pra mim funciona assim. Não é fácil passar de fase, você tenta uma, duas, três vezes, morre, começa de novo... e por aí vai. Eu era boa no Sonic e no Alex Kid, mas demorava para pegar as manhas e passar de fase. Quando passava ficava tão feliz, como se fosse a coisa mais importante. 
Hoje, todo dia tento passar de fase. rs É díficil na vida real.rs
Eu nunca fui lógica e racional, sempre fui intuitiva demais... rs até para vídeo-game.

Penso nesse lance de jogo, coisa e tal, nisso do controle, da paciência, do querer, do sentir, das coisas que vivo aqui, no Brasil... minha cabeça ferve. rs 

É como terminar um quadro, o que eu sinto quando termino um quadro? eu sinto um êxtase, um prazer, uma coisa boa dentro de mim, que me faz ter vontade de fazer outro, outro e outro.
E isso que eu sinto hoje, eu sentia há 1 ano, 2 anos atrás, mas com menor intensidade, não tinha tanta certeza do prazer que eu conseguia. Era insegura. Tinha medo.
Hoje não, eu me sinto segura, termino um com outro na cabeça, termino querendo mais, sem medo de me mostrar.
Acho que antes eu tinha vergonha de ser eu. Eu não sei.
Só sei que não sentir vergonha de ser, é algo maravilhoso.


Eu e Rebel, o cachorro substituto. :) é um lindo!!!


quarta-feira, fevereiro 15, 2012

Places

Era tudo muito rápido, corria para acordar, corria para dormir, corria com o tempo.
Não queria parar, era assim que tinha que ser, tudo corrido...como se a vida passasse por ela num sopro.
E quando viu, já tinha passado tanto tempo que assustada, quis voltar.
Não dava. Já era.
Nela, o tempo não deixou tantas marcas, foi benevolente.
Mas em sua vida ficou as saudades do que poderia ter sido se não tivesse corrido tanto no mesmo lugar.


sábado, fevereiro 11, 2012

Fall

Trabalhar como au pair, me dá muito tempo para pensar. Isso é bom e ruim. É bom, porque nunca tive medo de pensar, sou assim, sempre fui... não quero mudar isso em mim, porque são dos meus pensamentos que tiro força para buscar as coisas que acredito. Já de criança eu era assim, só não sabia que tinha força, nem sabia o que buscar direito, mas queria sempre ser desenhista ou veterinária, porque sempre gostei de desenhar e pintar e sempre amei os animais, em especial os gatos e logo em seguida os cachorros. Vi logo que não dava para veterinária, era muito sofrimento cada vez que um gatinho morria ou sumia. 
Também sempre fui puro sentimento. Por um tempo, tentaram me corromper, me mostrar que eu não devia ser assim, que isso era um defeito, algo ruim, me prejudicava. Eu me deixei levar, passei a me esconder, não queria que percebessem quem eu era, o que sentia, não podia demonstrar "fraqueza"... 
Mas eu não era fraca, as pessoas confundem sentimentos e intensidade com fraqueza. 
É o mal da Pós-Modernidade. 

"Eu tenho medo é da superfície, foi por isso que aprendi a nadar, para ir mais fundo". rs

Fall - Color pencil, acrylic and collage   



quarta-feira, fevereiro 08, 2012

Freedom is a prison cell... blue.


A Grainne vai fazer aniversário no dia 10. Eu não tenho muitas palavras para falar dessa família. 
Eu levo umas na cabeça, mas quando dou sorte, dou mesmo. E aí queria dar algo especial para ela, pensei, pensei e como aqui eles dão o maior valor para o lance de eu desenhar, pintar, ser professora de artes, etc... Resolvi fazer um desenho para ela e dar num porta retratos. Ainda não terminei, mas estou quase... Além desse, estou com um outro desenho em andamento e a tela. Tô numa fase produtiva. Quero achar meu caminho aqui, me colocar nas coisas que eu faço. 
Estou melhor que domingo. Melhor... rs Como eu disse para a Denise, aqui não tem como você ficar 100%, pô é outro país, to sem meu gato, sem meu pai que é o cara que eu mais converso, sem minha mãe para encher minha paciência e sabendo que a Denise tá passando por tudo isso que eu sei que não é nada fácil e não estar aí.
Tenho vontade de gritar em português!!! rs Eu estou focada no inglês e em produzir. Se eu não produzo, como fazer? Ficaria louca. 
Terminei de ler de novo o Livro A Vida dos Artistas, de Calvin Tomkins. Aí que agora só quero ler em inglês. Então estou procurando algum livro que fale de arte ou filosofia e que seja em inglês... rs não acho. Eu sinto falta de ler, ler me faz mais viva. Aí lembrei dos primeiros livros que li, quando era criança. 
Eu fui uma criança estranha, com 10 anos eu queria ler Jorge Amado, porque meu pai tinha em casa e eram livros grossos e achava bonito ler, rs não entendia quase nada, mas lia. Foi assim que meu vocabulário aumentou. Penso que posso fazer a mesma coisa com o inglês.Estou lendo "The Road", Cormac Mc Carthy. Meu professor disse que sou louca, que é uma leitura díficil... rs Mas um motivo para eu ler! ahahahahah 
Não terminei ainda... Lápis de cor aquarelável e caneta nanquim sobre canson.
Para ver como ficou esse desenho, clique aqui.
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Hoje acordei com um pensamento: A liberdade é uma cela... azul. 


É tudo ponto de vista, tudo... o fato de ser azul torna a cela mais poética e a liberdade é subjetiva. 
Eu não sei lidar com muitas coisas, eu não soube lidar com o amor, me perdi. Fiz outra pessoa se perder. 
Quando penso em mim, penso em alguém apaixonada e ingênua. Eu não sei até quando serei assim, se a vida vai me mudar de novo... o que vai acontecer. Como posso saber? Eu queria ter um pouquinho mais de controle sobre as coisas que acontecem sabe? Só um pouquinho... O não saber é tão subjetivo, na verdade o saber também é.


Há anos sabia que tinha que vir para a Europa, pensava: - Se meu namoro não der certo, vou mudar de País. Hoje estou aqui, nessa reviravolta danada, virada ao avesso. rs Eu sentia que tinha que vir. Sentia com força, quando acabou, pensei: - eu vou, é agora. 
Nada me faria mudar de idéia, nada. Só eu sei como foi díficil me despedir deles. De todo mundo. Foi como morrer. Eu não sei como é morrer. Mas deve ser um fim. rs Uma dor de fim. O nada. 


E estou cansada dessas frases de auto-ajuda do facebook, de Arnaldo Jabor, de tudo. Cada um sabe de si, sem receitas de felicidade ou de tristeza. Eu odeio essas receitas, eu odeio receita de comida, eu leio,interpreto e faço do meu jeito, rs porque eu sou livre e rebelde...ahhaahahah


Agora o que eu sinto? Eu sei. Não vou escrever.Escrevo o quero que saibam.
Tenho minha privacidade, bem reservada mesmo.Tenho meus planos. Tenho meu plano B - Se nada mais der certo... rs 


See you later!
;)

domingo, fevereiro 05, 2012

Abstract

Domingo é sempre assim... desde que aprendi essa questão toda dos dias da semana. Tem épocas em que eles são bons, outras em que eles são terríveis... rs quando eu tinha que acordar para dar a 2 aula no colégio, era terrível... quando eu folgava na segunda, era lindo. Na verdade, as madrugadas de domingo para segunda eram as melhores... Hoje acordei um pouco passada, com a cabeça no passado. Não que normalmente eu não seja assim, ainda mais aqui, que toda hora lembro da minha família, dos meus amigos e quase todo mundo que ficou no Brasil, mas hoje em especial, acordei chateada, chata. Acho que saber que minha passagem de volta está marcada para o mês que vem, e que eu não volto no mês que vem, me deixou assim. 
Eu não sei explicar como me sinto em relação aqui e ao Brasil. Eu não consigo verbalizar. Racionalmente, é uma besteira eu voltar para um país onde não tenho oportunidades, onde as coisas parecem que não acontecem apesar de todo o meu esforço, dos meus estudos, de tudo. Eu não sei. Aí que no Brasil está tudo que eu preciso. E eu gosto do Brasil, mas não consigo entender como um país dá tão pouca importância à educação. Eu não sou mais uma menina, eu não sei o que vai ser. Sinceramente não sei. Eu sou uma apaixonada, eu amo pintar, eu amo pensar, eu amo tudo que isso envolve, mas é triste não saber muito bem para que lado caminhar. 
Vir para cá, está sendo a maior faculdade da minha vida, eu que já fiz duas, inteirinhas. Aqui eu vejo que é ver outra dimensão de si mesma. É o caos, é loucura. Não falar fluente um idioma, entender 80% do que te falam e não conseguir se expressar nem em 20% é a coisa mais triste. Logo eu que vim para cá num momento de redescoberta ou de renascimento... aqui é como renascer de novo. E eu que nunca gostei muito de mudanças, toda hora tá mudando alguma coisa...aqui toda hora as coisas mudam, as pessoas, eu mesma... todo momento. 
Nem tudo são flores. É uma imersão em si mesmo. Tem horas que só penso na hora que vou voltar para o Brasil. Aí penso, como vai ser chegando no Brasil, que eu não terei emprego, que meu carro não é meu mais, que meu gato pode me estranhar, que eu não vou conseguir viver onde eu vivia. E sinto mais medo do que o medo que sinto estando aqui. 
Eu tava conversando com minha amiga Sara que mora há 15 anos no Japão, ela disse que ainda hoje parece que falta alguma coisa... eu sinto que falta tudo, mas tenho tanto medo de voltar e tenho medo de não voltar. Estou totalmente dividida. Pelas minhas contas, volto em julho, porque é mês do meu aniversário, eu que nunca gostei de aniversário quero passar esse no Brasil, com meu povo. Eu aguentei Natal, Ano Novo, foi tudo punk.
Eu gosto dessa solidão, mas aqui eu sou engolida por ela. 
Por não saber me expressar em inglês. Eu me sinto uma estúpida e eu sei que não sou, mas me sinto, é inconsciente. 
Meu domingo foi assim, com esses pensamentos. 
Fui com meus chefes e as crianças num Pub almoçar, foi bem legal. Depois encontrei com meus amigos e ai foi aquela salada: inglês, português e espanhol...rs mas foi bom conversar. 

Enfim. Estou pintando a tela e fazendo alguns desenhos informais no meu caderninho. Para não ficar chato só a leitura desse desabafo enorme...rs posto esse que foi o primeiro que eu fiz, nesse ano.
Beijos 


domingo, janeiro 29, 2012

6 years

Estava aqui, hoje foi um dia bem de fazer nada. Não quis sair, choveu o dia todo, um frio danado. Comecei a tela nova, vamos ver quanto tempo eu demoro para acabar ela. rs E esse blog já tem 6 anos, o tempo passa rápido, tava olhando e aqui eu tenho um resumão da minha vida nos últimos anos. Não que minha vida seja lá muito muito interessante, mas acho que os meus questionamentos psicológicos e sociais têm um certo valor. :P
Ler como eu era tão perdida e como com o tempo venho me encontrando, me faz bem feliz.

A saudade aqui é o que mais pesa. É tanta saudades.

"Tanta coisa aconteceu e só o que ela queria era aprender a nadar.
Em sua cabeça, o ato de aprender a nadar poderia mudar a sua vida para sempre.
Como passar de fase no vídeo game. Era um prêmio.
Era aprender a nadar e seria a aventureira que sempre quis ser.


Ela que sempre amou o mar, amou amar. 
Não seria difícil!
Entrou na natação. Aprendeu a nadar...
Nadar é como o Nada. Um nada cheio de significados.
Tanta coisa aconteceu...


E no nadar cheio de significados, ela se apaixonou...foi sem querer.
Não queria paixões, queria ser livre, apaixonada que estava por ela.
Negou, negou, negou.
Quis voltar a nadar, não encontrou piscinas para se jogar...
Não dependia muito dela controlar sentimentos, quando viu já estava ali.


Ali, melhor era negar. 
Negar que fora tocada por algo que nunca tinha acontecido
e que de repente acontece justo no momento errado que acaba sendo o momento certo. 


Agora, ela nada.
Nada em seus próprios pensamentos, nada em suas cores...
Paixão é bom e ruim, agora sabe.
E tem aprendido a ver o lado bom, as idéias, vontades, desejos... enfim...
É esperar."

Minha próxima tela... já comecei.

6 anos de blog, é muita dedicação. Ofereço esses 6 anos a todas as pessoas que passam por aqui, que leem o que eu escrevo, veem os meus desenhos, minhas telas. É isso.
Obrigada!
Aproveita e dá uma clicada nos anúncios porque preciso dar umas voltas aqui na Europa e preciso de dinheiro...ahhahahahahaahh ;) Obrigada de novo! 




terça-feira, janeiro 24, 2012

3 em 1

Hoje estou bem triste porque minha grande amiga de muitos, muitos anos está passando por um problema difícil. Sua mãe está internada, Dona Olga. Lá dormi tantas vezes e sempre fui tratada como alguém da família. Estou triste e sentindo um pouco toda a sua angustia Deniz. Não é fácil, não é. Vou daqui torcer para que tudo dê certo amanhã e depois nos outros dias. E que você seja uma fortaleza.
Aqui de longe, fica difícil dizer e fazer qualquer coisa, mas gostaria de dizer que estou aí, meus pensamentos e minha torcida está aí com você, sempre.

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Ontem pintei, terminei meu quadro da Clarice. Não sei se vão achar parecida, talvez nem seja para achar. A Arte para mim é isso, essa capacidade de dar asas ao sujeito comum. Ás vezes sinto falta dos meus alunos, poder ver que de alguma forma eu atingia, alguns deles, era fantástico. Aqui, convivo com a família que trabalho, que também é uma grande experiência. Poder mudar um pouco a visão que alguns conterrâneos fazem com que tenham de todos os brasileiros. Hoje uma amiga da minha chefe, me perguntou, se eu tinha uma au pair para indicar, por que ela quer uma au pair brasileira como eu. Foi lindo isso. Eu fiquei assim, sem saber o que falar. Depois de ser roubada em outra país por uma brasileira, muitas vezes até eu senti raiva de ser brasileira, mas passou. Tenho orgulho e não somos todos ladrões e aproveitadores. Somos um povo bom! 
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Aqui as coisas vão bem, ando apaixonada... rs pela vida, pelas pessoas, por tudo. Quando você se sente apaixonada, tudo fica mais legal... ai falo para a Noelia: - Noelia, estou apaixonada Noelia... rs 
Noelia ri e diz: - happy, happy! rs
É bom estar viva, acho que é isso que anda me fazendo tão feliz e pensar que gastamos muito tempo sofrendo, complicando e esquecendo do melhor: Viver. 

Eu sou o que sou: Não faço média, tento fazer o melhor em tudo que eu faço, eu amo! Já amo essas crianças que ajudo a cuidar como se fossem minhas crianças. Acho que quando esqueço o tanto de amor que tenho dentro de mim é que me perco e fico triste, eu nunca posso me esquecer disso, de amar, só amar, sem nada em troca. É isso que me faz bem, que faz eu ter vontade de pintar, de me expressar, enfim.... Divagações... depois vou escrever mais sobre isso, já escrevi demais. 
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Lembrando, tem mais gente nos EUA vendo o blog, do que a galera do Brasil! Decepção hein gente!!! 
"Brasil mostra a sua cara!!! " rs
Dá uma clicadinha nas propagandas que você também já ajuda bastante uma estrangeira na Irlanda! rs ;)

Beijos, see you tomorrow! 

segunda-feira, janeiro 09, 2012

Primeira postagem do ano.

Nesse fim de semana li muito Clarice Lispector, eis que inspirada por toda essa leitura, por ela e por mim, comecei uma tela. Me deu na telha, no sábado comprei a tela e no sábado a noite já comecei a pintar. Ainda não terminei, mas a sensação está sendo boa. 
Sinto saudades do meu cavalete, acho que sou apaixonada por meu cavalete e minhas tintas, porque penso neles e me dá aquele friozinho na barriga, aquele que a gente sente algumas vezes... Acho que quando eu voltar para o Brasil vou morrer do coração de tantas saudades que sinto de tantas coisas. 
Eu quero voltar um dia, mas sinto que preciso ter meu inglês bala e preciso conseguir sobreviver das coisas que faço, não vejo outra alternativa para mim. Eu amo isso, eu amo pintar, eu amo essa angústia que sinto, eu amo meu material de pintura, eu amo história da arte, eu amo, eu amo.
Eu sempre soube que eu tinha muito amor em mim, mas não sabia que era tanto e tão profundo. Sempre achei que tivesse algo errado por eu sentir assim, eu sempre fui a estranha e todo mundo normal. Hoje eu não me sinto estranha, eu vejo os outros e acho estranho que vivam em um mundo de tanta superficialidade. Eu nunca fui superficial e sempre fui estranha. 
Há algum tempo me falaram que o amor não é nada do que eu achava fosse. 
É tudo que eu sempre pensei, amor é isso que eu sinto dentro de mim e que me faz a cada segundo imaginar a minha volta para a minha casa, para a minha família, para o meu gato e meu cachorro. Amor é ter medo do meu gato me estranhar e não lembrar do meu cheiro quando eu voltar. 
Amor é toda a minha intensidade, toda a minha vontade. Sou eu prestes a explodir de tanta saudades que sinto e tendo que ser forte, porque ainda não consegui conquistar nada do que queria aqui. 

É começo de um novo ano. 
Novo, totalmente novo. 
Quem vai dividir apartamento comigo e com o meu gato quando eu voltar para a São Paulo? risos.  
Não faz parte dos meus planos voltar para o Ipê.
Quero Consolação, Avenida Paulista, Frei Caneca... rs e por aí.

Beijos pra quem visita aqui, see you tomorrow!